A Importância da Motivação no Ensino Bíblico
Muitos são os professores que se queixam porque
suas aulas não alcançam o resultado planejado. Durante o processo avaliativo,
percebe que o aluno não alcançou o objetivo desejado. Isto poderá ocorrer
devido a muitos fatores, mas aponto um que pode fazer diferença nos resultados.
A falta de motivação. Dar início a uma aula sem dizer do que se trata, ou até
mesmo não utilizar recursos, não vai captar a atenção do aluno. Segundo Haidt
(2006) a aprendizagem de forma autêntica só vai ocorrer quando o aluno está interessado,
ou motivado. Em “Curso de Didática Geral ela descreve o que é motivação:
É um processo psicológico e energético, e como
tal, pessoal e interno que impele o individuo para a ação, determinado a
direção do comportamento. O que o professor pode fazer é incentivar o aluno,
isto é, despertar e polarizar sua atenção e seu interesse, orientando e
canalizando as fontes motivacionais. Haidt (2006) p. 76)
Assim temos que fazer uma distinção entre
motivo e incentivação. O primeiro é um estímulo interno, o segundo um estímulo
externo. Portanto a ação do professor é de incentivar o aluno para que ele se
sinta motivado para agir. Nisto concorda Silveira Teles que diz que “o processo
de motivação consiste no estágio motivacional, no qual o individuo é ativado a
fim de satisfazer uma necessidade”.
Isto de que estamos falando, não se distancia
do processo de ensino-aprendizagem da EBD. É importante ressaltar que não
devemos ter o conceito de que na Escola Dominical o ensino pode ser transmitido
de qualquer maneira. Se observarmos bem, a ED possui os principais componentes
que formam uma escola secular:
ALUNO – CONTEÚDO – PROFESSOR
O que diferencia é o conteúdo, pois, na ED
estudamos a Bíblia; e o objetivo do ensino, que enquanto na escola secular é
preparar para a vida, a ED prepara para o ministério cristão, e educa o homem
conforme os princípios bíblicos. No entanto, os procedimentos deverão ser
semelhantes, e incentivar o aluno que está motivado para aprender a Palavra de
Deus, é tarefa do professor. E para tanto, HAIDT aponta alguns procedimentos que
ajudam no processo de incentivação da aprendizagem, dos quais abordaremos
somente um.
Passar da infância para juventude é um processo
em que está sendo formada uma identidade e em cada faixa etária, as
necessidades e interesses da criança se diferencia. Sendo assim, faz-se
necessário utilizar recursos adequados a essa faixa etária. Em outras palavras
não podemos aplicar uma atividade de Juvenis para Juniores, e vice - versa.
Marcos Tuller em “Recursos Didáticos para a
Escola Dominical”, apresenta características de cada grupo de idade e sugestões
de atividades. No entanto abordaremos apenas algumas características e
sugestões; para vê-las na integra ver: Tuller, Marcos A. Recursos Didáticos
para a Escola Dominical. Rio de Janeiro, CPAD, 2007.
Maternal: O autor afirma que nesta fase, a
aprendizagem se realiza através de atividades como, cantar, brincar, imitar,
olhar cartazes e manusear objetos, entre outras.
Jardim de Infância: Ele diz que as crianças
desta faixa etária são enérgicas, curiosas e fantasiosas. Ele alerta o
professor que ao contar historias o mesmo deve estar atento a duas coisas: que
seus alunos não conseguem manter-se atentos por mais de cinco minutos, e que
tem dificuldades de lidar com idéias e conceitos abstratos. Para esta faixa
etária ele sugere atividades tais como: o professor utilizar gravuras, desenhos
e cartazes e também propiciar a participação dos alunos em quadros cênicos.
Primários: Para esta faixa etária, o autor
sugere que o professor ao contar historias bíblicas, ele deve enfatizar as
atitudes boas e honestas das personagens, porque, geralmente, as crianças
tendem a imitar o que mais lhes impressiona, seja bom ou mau, honesto ou
desonesto. Ele sugere também que os alunos dramatizem as lições aprendidas,
façam trabalhos manuais realizados em pequenos grupos, entre outras.
Juniores: os alunos nesta faixa etária tem
muita energia física e mental, gostam de participar ativamente da aula,
procurando textos e respondendo perguntas. Uma sugestão para o professor é que
ele promova trabalhos em grupos.
Adolescentes: Esta é uma época de grandes
mudanças físicas e mentais. O adolescente tem uma habilidade de prestar atenção
muita aumentada e memorização também. Para esta faixa etária o autor sugere
discussão em grupo, debates estudos de caso. Ele aconselha também que o
professor permita que o aluno expresse suas opiniões, idéias, etc.
Juvenis: São críticos e estão prontos para
ajudar. Tuller afirma que essa faixa etária deve fazer estudos bíblicos
sistemáticos e preparar-se para o serviço cristão. Como atividade ele sugere
que o professor promova debates, simpósios e discussão.
Como professores da ED, temos que ter todo um
cuidado e zelo ao prepararmos nossa aula, pois, estamos participando e
contribuindo para a formação intelectual e espiritual do nosso aluno. Por isso
faz-se necessário conhecê-lo, para aplicarmos as atividades adequadas.
Meditemos sempre em Rm 12.7b “Se é ensinar, haja dedicação ao ensino”
Fonte:
http://euvoupraebd.blogspot.com.br/2013/05/a-importancia-da-motivacao-no-ensino.html#.V6_SKvkrLIU
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