EBD

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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

25-A importância da Escola Bíblica Dominical nos dias atuais






 


A importância da Escola Bíblica Dominical nos dias atuais

Pr Elison Amaral, da PIB em Santa Cruz, ensina o que fazer para se ter boa frequência de alunos na EBD
A Escola Bíblica Dominical (EBD) é o departamento da igreja responsável pela educação cristã, com ênfase no ensino da Palavra de Deus. Ela é o maior instrumento de formação e aperfeiçoamento do carácter cristão.  Há algumas décadas, na maioria das igrejas tradicionais, era comum o número de matriculados na Escola Bíblica Dominical ultrapassar o de membros da igreja. Por que será que a frequência na EBD tem sido tão baixa atualmente? Para o Reverendo Elison Amaral Leite, presidente da Primeira Igreja Batista em Santa Cruz, a causa maior da baixa frequência nas aulas é a falta de preparo dos professores. “A falta de preparo dos professores é um problema sério nas nossas igrejas. Por vezes escolhemos pessoas que achamos que falam bem, mas que nem sempre tem o dom de ensinar. Isso desmotiva o aluno”. Leia a entrevista.
Qual é a papel da EBD na vida no cristão?
É tornar a Bíblia conhecida para que as pessoas possam exercitá-la com profundo conhecimento. Além disso, fazer com que o cristão seja forte para resistir aos momentos de bombardeios doutrinários que essas “novas teologias” do tempo presente lançam todos os dias sobre nós. É a EBD que fornece uma base bíblica de fortalecimento à vida cristã.
Em geral, os pastores têm investido na EBD?
O que a gente percebe é que as igrejas estão muito preocupadas com o desenvolvimento do culto, com a quantidade de pessoas que chegam ao culto. Outras estão muito preocupadas com o rendimento financeiro. Eu não vejo que os pastores estejam dando prioridade ao conhecimento da Palavra, existem igrejas que nem sala para EBD tem. Acho que hoje a evidência de investimento na EBD é realmente muito baixa.
E porque o horário da EBD é o menos frequentado pela maioria dos cristãos?
Porque não há um bom preparo dos professores, não existem salas adequedas, não há uma boa literatura. Então temos que priorizar o ensino da Palavra para que haja o interesse das pessoas. Hoje eu posso dizer que a frequencia da Escola Bíblica Dominical pelos membros da Primeira Igreja Batista em Santa Cruz é de quase 100%. O grande problema é que se as igrejas continuarem preocupadas somente com as grandes correntes de cura, libertação e comercialização da fé, o estudo da Bíblia vai permacer em segundo plano.
Essas pessoas ficarão sem raízes na Palavra, sucetíveis a qualquer vento de doutrina não é?
Com certeza. Sabe qual o resultado disso? Muitos crentes por aí pulando de igreja em igreja, porque não tem uma afinidade com a Palavra e qualquer novidade que apareçe, preenche a expectativa emocional daquela pessoa.
Então o maior problema da EBD?
A falta de preparo dos professores é um problema sério nas nossas igrejas. Por vezes escolhemos pessoas que achamos que falam bem, mas que nem sempre tem o dom de ensinar. Isso desmotiva o aluno. Um dos fatores para fortalecimento da nossa EBD é sem dúvida ter professores qualificados para ensinar. Ter criatividade, bom método de ensino. Devemos equipar os professores com melhor ensino de capacitação, investir tempo, livros e métodos que tornem o ensino prático e dinâmico.
As igrejas batistas adotam o culto seguido ou precedido pela EBD, qual o proveito disso?
Aqui nós fazemos um culto e depois a EBD. Existe uma interligação entre os dois, inclusive eu procuro fazer das minhas mensagens uma sequencia da EBD, porque é fundamental que haja uma harmonia entre o que o pastor prega e o que a EBD ensina.
Qual a melhor forma de fazer a separação entre as classes da EBD?
Cada líder deve ser capaz de identificar os grupos existentes na igreja. Por exemplo, existem pessoas com grau de escolaridade menor e maior, novos convertidos e crentes maduros, crianças, adolescentes, jovens e idosos. Para cada tipo de grupo é necessária uma linguagem diferenciada, porque cada pessoa tem limitações diferentes e é importante que todos cresçam na mesma proporção de conhecimento bíblico. Não sou a favor da separação de classes por sexo, acho que os casais precisam estar juntos.
O seminário teológico substitui a EBD?
De forma alguma, a Escola Bíblica é insubstituível. Quem faz seminário deve ser o primeiro a estar matriculado na EBD. É lamentável que existam pessoas que estudam em seminários e não são estão matriculados na EBD de sua igreja. Penso que as igrejas não deveriam nem sequer indicar alguém para estudar no seminário se ele não é aluno da EBD. A Escola Bíblica Dominical é a maior escola do mundo.
Que dica o senhor dá para que as igrejas tenham uma Escola Bíblica Dominical bem sucedida e próspera?
Em primeiro lugar identificar as pessoas capacitadas para lecionarem com eficácia e prepará-las da melhor forma possível. Ter espaço físico compatível para separar as classes. Fortalecer o interesse em estudar a Bíblia e levar a sério o ensino da Palavra. Ter boa literatura para capacitar os membros e ter tempo especial na igreja para este fim.  Não se pode achar que poucos minutos serão suficientes para ter um estudo da Palavra.  É necessário investir em tempo para que a lição seja devidamente ensinada e que vise o fortalecimento dos alunos a cada encontro. Escola Biblica Dominical ou simplesmente Escola Biblica, é o motor que aquece os crentes no conhecimento geral da Escritura. Não abra mão da EBD, seja aluno e estude com seriedade.
Fonte:

http://regionalevangelico.com.br/a-importancia-da-escola-biblica-dominical-nos-dias-atuais/

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

24-Idéias Para tornar uma EBD ainda melhor!!!










Idéias Para tornar uma EBD ainda melhor!!!

Escala de Professores,      Plano de Aula,   Café dominical,   Ficha de inscrição,  Certificado,  Formatura,  Bazar de Brinquedos, Medalha de frequência, Reunião trimestral, Desafio

 
Todo trabalho de EBD precisa primordialmente ser feito com amor, zelo, muita dedicação e perseverança, nem sempre tudo que planejamos, investimos e acreditamos trará resultados imediatos, mas é necessário saber que tudo que fizermos, fazemos como para o Senhor... e ao seu tempo colheremos os resultados e se não for nesta vida, será lá no céu...


Escala de Professor:


Ter uma escala de Professores para cada classe da EBD, proporcionara uma diversificação no método de ensino, o que fará com que os alunos tenham maior interesse e curiosidade para cada aula.
Quando temos um único professor para uma classe, isto acaba com o tempo desmotivando o próprio professor a preparar aulas mais dinâmicas e interessantes, tendo em vista que sempre é ele quem vai estar com os mesmos alunos, a ideia de se ter uma escala (diversificando os professores) fará com que cada professor se esforce mais para ministrar as aulas, porque o professor sempre vai indagar, se eu não tiver uma aula bem elaborada os alunos vão preferir a aula dos outros professores e ao mesmo tempo o próprio professor terá um tempo para assistir as aulas em sua classe como aluno. Todos ganham, os alunos, os professores, a Igreja. Com a criação da Escala de professores, tombem torna-se possível a utilização dos professores que antes davam aula em uma única classe para ministrarem também em outra/s classes, temos assim uma rotatividade de conhecimento, experiências e expectativas.


Tenha uma Equipe:
 
Com certeza a coisa mais importante em um trabalho, é ter uma equipe e saber coordenar as pessoas tirando o bom proveito que elas têm para oferecer, uma ideia básica, mas bem funcional de uma equipe atuando na EBD seria:

Coordenação de Alunos,
Tesouraria,
Secretaria,
Ministério do lanche,
Coordenação pedagógica,
Professores
E ter uma biblioteca


Plano de Aula:

Planejamento conceito
Conceito
Planejar = Fazer o plano ou planta de, projetar, tencionar, traçar, preparar, esquematizar, aprontar.

Planejamento de ensino
Consiste em traduzir em termos mais concretos e operacionais o que o professor fará na sala de aula, para conduzir os alunos a alcançar os objetivos propostos.

Palavras de Jesus sobre Planejamento

“Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem como acabar?
Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.”
Lucas 14:28-30


Em nossa congregação colocamos como obrigatório para cada Professor fazer e enviar por e-mail o planejamento da aula que será ministrada, isto além de tornar uma aula PLANEJADA, de certa forma “obriga” os professores a estudarem para dar a aula, ocorreu em algumas aulas que nossos alunos reclamaram que haviam professores que “APENAS” liam a revista e que ficava claro que não estudavam para ministrar a aula, despejando assim qualquer assunto e desperdiçando um tempo valioso de ensino da Palavra de Deus.

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Café Dominical:
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Um incentivo para atrair novos alunos e firmar aqueles que tem uma frequência irregular.
O objetivo do Café dominical, além de nos confraternizarmos, é fazer com que os alunos não percam tempo ou deixem de vir a EBD porque não tomaram café em casa e não tenham que levantar para preparar um café, basta apenas se arrumar e vir para EBD que terá um café gostoso e quentinho a sua espera, esta é uma iniciativa quem vem dando certo em nossa EBD, além de conseguirmos novos alunos, aumentou a frequência e ainda aumentaram as ofertas, os alunos gostaram tanto do café que sempre nos procuram para dar uma oferta exclusiva para o café, além de se oferecerem para trazerem bolos, tortas, salgados etc... sempre fazemos café com leite, salada de frutas, café preto, suco, pão com patê ou torta salgada e bolo doce, fazemos isto sempre 15 minutos antes do inicio da EBD.

 
Medalha de frequência:
Uma ideia que surgiu recentemente, mais que agradou a muitos, mandamos confeccionar medalhas próximo ao encerramento do trimestre para aqueles que não tiveram nenhuma falta durante o trimestre, é um premio para incentivar a frequência constante na EBD e presentear aqueles que conseguiram tal feita, não vale nenhuma falta, nem mesmo as justificadas, esta premiação é para aqueles que tiveram 13 presenças consecutivas. Na medalha está a logo de nossa EBD e escrito sou 100% Frequência.
 

Bazar de brinquedos:
É uma forma de motivar as crianças a participarem da EBD com Ofertas, presença, responsabilidade trazendo seus materiais etc.. para cada item nós damos a cada criança uma quantia de dinheirinho de mentira, este dinheirinho fica guardado em um envelope com o nome da criança, ao final do trimestre nós compramos brinquedos e materiais de papelaria e coisinhas que crianças gostam, colocamos preço em tudo, fazemos duas filas e de dois em dois as crianças vão até o bazar escolhem o que querem comprar, pagam com o dinheirinho que tem e voltam para o final da fila, e assim vai até que o dinheiro delas acabem, esta ideia é muito legal e as crianças gostam muito e se dedicam durante todo o trimestre para juntar dinheirinho.

 
Certificado:
Fazemos um certificado para cada aluno da EBD que teve uma frequência de 75% durante o trimestre, além de ser um incentivo de participação, nós divulgamos a EBD para que os membros que não são alunos, tenham vontade de participar da EBD, uma vez que esta entrega dos certificados e das medalhas é feito no culto ade domingo a noite.
 


Ficha de inscrição:
Criamos uma ficha de inscrição para todos os alunos da EBD, e só incluímos na chamada quem trazer a ficha preenchida, o objetivo de se ter uma ficha de Matricula é ter todos os dados de nossos alunos, com isso podemos presentear os aniversariantes, podemos ligar para aqueles que tem mais de três faltas no trimestre, podemos fazer uma visita, tudo porque temos todos os dados, criamos uma planilha e compilamos estes dados em planilha para facilitar a utilização destes dados.

 

Formatura:


Uma maneira de incentivar os alunos a se manterem fiéis a EBD e também fazer com que os membros tenham o desejo de participar da EBD, é realizar no final do ano uma formatura com todos os alunos, nesta formatura será um culto de ações de graça pelo ano que foi aprendido, será designado uniforme, diploma e solenidade alusiva a formatura e também algumas premiações como: aluno destaque e professor nota 10.

 



Reunião Trimestral:

Todo final de trimestre, realizar uma reunião com toda equipe da EBD, preparar um café caprichado para manter a equipe motivada e valorizada, nesta reunião abordar assuntos de valorização da EBD, apresentar novas ideias e objetivos para equipe e discutir sobre o aproveitamento do trimestre que se encerrou, pontos em que fracassamos, o que está bom e o que vamos fazer para melhorar, são assuntos importantes para que a EBD sempre melhore.



 
Desafio:

O desafio é uma ideia nova, que deve ser amadurecida ainda. O desafio tem como objetivo proporcionar ao aluno uma atividade prática da aula que será ministrada, o professoro junto com a coordenação elabora uma certa atividade relacionada com o tema da aula, exemplo: o tema da aula é: Amor ao próximo, o professor var trazer uma semana antes da sua aula um desafio para que cada aluno fale ao menos para uma pessoa desconhecida sobre Jesus e a ajude de alguma forma (pode ser com roupa, alimento etc..) e trazer um relato da experiência na aula. Durante a aula será cedido para cada aluno um tempo para relatar como foi a experiência, esta ideia e trazer a parte prática de cada aula e não ficarmos apenas nas teorias.



Aqui algumas dicas, quem puder e tiver idéias criativas e iniciativas de sucesso, por favor mande para nós, a troca de experiências é sempre muito valioso e frutífera...

Fonte:

http://ebdnoronha.blogspot.com.br/2015/08/ebd-criativa-ideias-para-tornar-ebd.html

23-A ESCOLA DOMINICAL E A RESPONSABILIDADE DOS PAIS




A ESCOLA DOMINICAL E A RESPONSABILIDADE DOS PAIS




A responsabilidade dos pais crentes com a escola dominical é dupla. Em primeiro lugar, os pais precisam ser assíduos e freqüentes na escola dominical. Os pais que vão somente ao culto vespertino, achando que faltar na escola dominical não tem tanto problema, certamente deixarão de progredir como deveriam na vida cristã. A presença dos pais na escola dominical é imprescindível, pois, afinal de contas, nós pais somos (bem ou mal) modelos para os nossos filhos.
Em segundo lugar, os pais precisam levar seus filhos à escola dominical. Gostaria de dar a esse segundo ponto uma atenção especial, visto que está diretamente relacionado ao anterior. Portanto, vamos entender a coisa da seguinte maneira: por que os pais precisam estar na escola dominical? De um lado, porque todos precisam aprender mais e mais das verdades do Senhor; por outro lado, por causa dos filhos. Perdoe-me a batida na mesma tecla mas isso é importante. Os filhos desejam e precisam ver nos pais a seriedade no trato com a escola dominical. E isso, por si só, deve ser motivo de reflexão para os pais , pois os pais precisam, pela vida e pela palavra, mostrar aos filhos que a escola dominical é um importante veículo de crescimento espiritual.
Geralmente as crianças não apreciam levantar cedo para ir à escola dominical. Boa parte delas já faz isso durante a semana. Porém, os pais devem passar para os filhos que a escola de domingo também é especial por uma série de razões. Erra o pai ou a mãe que acha que não deve levar sua criança à escola dominical, apenas porque ela está cansada por estudar durante a semana, ou porque brincou demais no sábado ou foi dormir tarde por causa daquela festa na igreja. Esse é um tipo de compaixão que não procede. É nessa hora que os pais, amigavelmente, devem mostrar aos filhos que a escola dominical é especial para toda a família.
Lembro-me de um fato ocorrido em uma igreja da qual fui pastor. Quando perguntei a uma irmã porque não trouxe o filho, que na época devia ter cinco anos de idade, ela me respondeu: "Ele não quis vir". Eu não sei como está ou por onde anda aquele que agora é um rapaz. Receio que ele tenha seguido o caminho de seus irmãos mais velhos que abandonaram a igreja porque a mãe comodamente aceitava o fato de que eles não quiseram vir.
Papai e mamãe, levem seus filhos à escola dominical, tenham eles vontade ou não. Cumpram as suas responsabilidades como um dia prometeram a Deus quando levaram seus filhos para serem batizados ou apresentados. Pois, como no caso daquela mãe, amanhã poderá ser tarde de mais para chorar o que podia ser evitado ontem.

Fonte:

http://euvoupraebd.blogspot.com.br/2012/11/a-escola-dominical-e-responsabilidade_29.html#.V5-9SPkrLIU

22-O PROFESSOR DA EBD, COMO UM AGENTE DE DEUS PARA A TRANSFORMAÇÃO DE VIDAS.





O PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL COMO UM AGENTE DE DEUS PARA A TRANSFORMAÇÃO DE VIDAS.

Introdução
O professor da EBD é, antes de tudo, um obreiro. Como obreiro, o professor deve ser aprovado em seu ofício, e ser hábil no manuseio da Palavra de Deus (2 Tm 2.15).
O ensino da EBD, levando em conta os seus objetivos, exige da parte do professor o melhor que ele pode dar. Exige que o professor se gaste e seja gasto, no treino, no preparo, na oração, no planejamento. Exige que se entregue a si mesmo, com todas as suas forças.
Ser professor apenas para transmitir conhecimentos talvez seja até fácil, mas não se chegará a lugar algum; primeiro, porque quem apenas se dispõe a transmitir o que sabe está totalmente fora dos objetivos básicos do ensino, e segundo, porque o verdadeiro papel do professor da EBD não é ensinar, mas contribuir para a transformação de vidas através do ensino da Palavra de Deus, de forma sistemática
O professor é um representante do pastor para a edificação de uma pequena parcela do Corpo de Cristo, a sua classe. em classe, o professor da EBD deve ser também o primeiro conselheiro espiritual dos alunos. Isso refere-se não apenas às dúvidas sobre questões bíblicas, mas também à adaptação do ensino bíblico às situações problemáticas vividas pelos alunos.
O professor é e sempre será um modelo para seus alunos, mesmo não o desejando. Isto quer dizer que ele servirá como padrão para seu aluno decidir como será sua atuação na igreja, o quanto ele conhecerá a Bíblia, que tipo de comportamento ele terá em seu dia a dia, quais serão suas opiniões sobre assuntos polêmicos da sociedade moderna, etc.
Cabe ao professor da EBD, por definição, orientar o aluno e ajudá-lo a atingir sua maturidade espiritual. (Ef 4.11-13)
Nos tópicos que se seguem, apresentaremos seis itens imprescidíveis a serem observados pelo professor da Escola Bíblica Dominical, como um agente de Deus para a transformação de vidas.




I - A DEDICAÇÃO
O esforço indispensável para a transformação de vidas

A Palavra de Deus determina, em Rm 12.7, que aquele que exerce o ministério do ensino deve fazê-lo com dedicação plena. Ser dedicado significa oferecer-se com afeto a alguma coisa ou pessoa; significa consagrar-se a determinado serviço, encarando todos os sacrifícios que forem necessários para executá-lo.
O ponto de partida para o professor da EBD atuar como o agente de Deus na transformação de vidas é, além da chamada divina, conscientizar-se do que Deus espera que ele faça para exercer com dedicação o ministério do ensino, conforme é requerido em Sua Plavra.
1) Ser um professor dedicado exige que conheça seus alunos e seja conhecido por eles.
Só assim poderá influenciar suas vidas, levando-as ao amadurecimento espiritual, o que podemos chamar de vidas transformadas. À medida que procura influenciá-los para uma vida de maior crescimento espiritual, o professor passa quase que a apascentar seus alunos, que se tornam, por assim dizer, ovelhas suas. Isso significa que o professor deve acompanhar todos os passos do aluno, dentro e fora da sala de aula, não como quem vigia, supervisiona ou procura surpreender, mas como quem se preocupa, desejando ajudar o aluno em todas as suas necessidades, sejam elas materiais ou espirituais, para que sua ovelha não venha a desgarrar-se ou a enfraquecer-se.

Muitas vezes o aluno poderá vir a ter um determinado comportamento dentro da sala de aula e possuir outro completamente diferente em sua casa. Isso requer do professor mais atenção, de modo que, dentro da sala este aplique o verdadeiro ensino para edificação do aluno; e fora da sala aplique aconselhamentos necessários à firmeza do aluno de acordo com a doutrina da Palavra de Deus. Isso é ser dedicado. Isso é exercer de fato o seu papel de agente de Deus para transformação de vidas. O acompanhamento, fora da sala de aula, a ser feito pelo professor, inclui, no mínimo:
a) Visitas periódicas ao aluno, mesmo que este esteja firme na igreja. O aluno pode estar firme na igreja, e ser assíduo à EBD, mas em casa pode estar passando sérios problemas, e precisa da mão amiga do professor;
b) Visitas constantes, quando o aluno não demonstra assiduidade à EBD. O professor precisa saber o que ocorre (está viajando? está doente ? está fraco na fé ?):
c) Procurar saber como é a família do aluno. São todos salvos ? (Se não o forem, o professor deve evangelizá-los) A família apoia ou impede a freqüência do aluno à EBD ?
d) Atender o aluno em suas necessidades materiais, através do Departamento de Assistência Social de Igreja;
e) Orar, jejuar e interceder constantemente pelo aluno;
f) Auxiliar o aluno no desenvolvimento de suas tarefas de EBD, se este não consegue desenvolvê-las sozinho.
O bom professor conhece seus alunos. Conhece suas características pessoais. Sabe lidar com suas características físicas, intelectuais, sociais, emocionais e espirituais. Sabe apascentá-los.
2) Ser um professor dedicado exige que se empenhe no preparo adequado das lições e da organização das aulas.
Não se pode esperar praticamente nada de um professor que não se dedica ao preparo das lições que ministrará no domingo. Um professor dedicado gasta horas e horas de sono procurando reunir o melhor que puder para apresentar à classe, da melhor maneira possível, na aula de domingo. É preciso que haja dedicação plena para encarar o desafio de cumprir semanalmente determinadas tarefas, dentre as quais destacamos:
a) Estudar várias vezes o texto da lição;
b) Reunir e fazer uso de todo o material de pesquisa que for necessário ao preparo da lição;
c) Virar noites pesquisando o assunto da lição de domingo, para montar um bom plano de aula e estabelcer os objetivos da lição, considerando as necessidades da classe, e as características pessoais dos alunos;
d) Reunir e fazer uso dos recursos instrucionais adequados ao desenvolvimento da aula, como também estabelecer qual o método ou métodos de ensino irá adotar para ministrar com sucesso a aula de domingo.
e) etc.

3) Ser um professor dedicado exige que tenha visão voltada para o crescimento da Escola Bíblica Dominical.
O professor da EBD faz parte de uma organização, e como tal, deve estar inteirado dos objetivos gerais da mesma, para poder dar sua contribuição na busca do alcance desses objetivos. Qualquer organização que se preze, tem como objetivo central o crescimento, tanto quantitativo como qualitativo. Assim é na Escola Bíblica Dominical.
a) O professor dedicado preocupa-se com o crescimento da sua classe, fazendo campanhas e usando outros recursos para motivar o progresso da sua classe, sabendo que isso refletirá no crescimento da EBD;
b) O professor dedicado procura enquadrar-se nos objetivos gerais da EBD de sua igreja, sendo um fiel colaborador do Superintendente, em todos os sentidos;
c) O professor dedicado faz discípulos (novos professores) em sua própria classe, para colocar à disposição do Superintendente novos talentos, até então no anonimato;
d) O professor com visão voltada para o crescimento motiva os demais a crescerem juntos com ele.


II - O CRESCIMENTO
A melhoria indispensável para a transformação de vidas

Em Lc 2.52 a Bíblia diz: “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens”. Há inúmeras lições a aprendermos com esta passagem sagrada, pois sendo Jesus o Filho Deus, precisou crescer e se aperfeiçoar, em vários sentidos e aspectos, enquanto Filho do Homem. Um desses aspectos, aliás o mais relevante, pelo qual Jesus mais se identificava, como bem sabemos, era o de ser chamado “Mestre”, como de fato O foi, e fazia questão de assim ser reconhecido. Mestre, na verdade, era um título atribuído aquém do que realmente fazia jus, pois o Senhor era mesmo o Mestre dos Mestres.
Pois bem, o Filho de Deus, o Mestre dos Mestres, precisou crescer. Precisou se aperfeiçoar. Entre outras coisas, essa “necessidade” sobretudo servia de exemplo para nós, seus servos, seus seguidores, e também ensinadores da sua doutrina. Resumindo: Se Jesus precisou crescer, o que dizer de nós, simples mortais? Um texto sagrado recomenda: “Antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo” (2 Pe 3.18).
Deus tem sempre seres humanos na realização dos planos divinos. Pessoas são importantes para Deus. Entre as pessoas mais importantes do mundo de hoje encontram-se aqueles que ensinam a Palavra de Deus em nossas Escolas Bíblicas Dominicais. Os professores são importantes porque ensinam o livro mais importante - a Palavra do nosso Deus. Lidam com outras pessoas, os nossos alunos, igualmentre importantes no plano de Deus. Têm ao seu dispor o próprio Espírito de Cristo, como seu professor e guia. Têm, no seu ensino, os mais dígnos propósitos que existem entre os homens. É importante, portanto, o conceito que o professor tem de sí e da sua tarefa.
Em que o professor precisa melhorar? Em que precisa Crescer? Em que precisa aperfeiçoar-se para atuar com sucesso como um instrumento de Deus na transformação de vidas?
Vejamos:

1) Como intérprete da Bíblia
Em 2 Tm 2.15 a bíblia diz: “Procura apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”. O texto sagrado aquí faz um apelo a nós, professores, que ensinamos a Palavra de Deus, para que saibamos manuseá-la muito bem, interpretar bem as suas verdades, para não ensinarmos nada errado e sofrermos as terríveis conseqüências disso (1 Co 9.27)
O professor da Escola Bíblica Dominical é um intérprete da Bíblia. Ele foi nomeado e eleito para esse fim. Ele fica ao lado do seu aluno para dar as melhores explicações possíveis, para esclarecer palavras e frases difíceis, para desconselhar conclusões precipitadas e para evitar interpretações espúrias, forçadas ou prejudiciais.
Grande é a responsabilidade do professor como intérprete da Bíblia. O professor consciencioso verá que este papel exige as melhores qualidades e o maior esforço possíveis. Mas, ele não trabalha sozinho. Paulo reconheceu isto quendo disse: “porque nós somos cooperadores de Deus” (1 Co 3.9). O trabalho não é nosso, é de Deus. Ele nos chama e nos capacita para que sejamos seus colaboradores. E nos dá seu Espírito para ser também o intérprete, tanto para o professor quanto para os alunos.

2) Como líder da classe
A classe da Escola Bíblica Dominical é a unidade básica. O líder da classe é o seu professor. É bom que o professor se conscientize sobre suas responsabilidades como líder. Infelizmente, em algumas das nossas EBD’s, a maioria das classes nunca realiza a sua potencialidade. Será que os professores zelam para garantir um professor-substituto na sua ausência? Preocupam-se com o crescimento de suas classes? visitam os alunos ausentes, ou delegam responsabilidades para que isto seja feito? Estão muito interessados em melhorar sua eficiência como professor? sabem se os alunos não crentes estão mais próximos de uma decisão neste domingo do que no domingo passado?
O professor possui certas qualidades de liderança e os alunos esperam dele o exercício dessas qualidades. Mas, ele não faz tudo. Como líder, ele leva a classe toda a trabalhar e, juntos, eles conseguem suas metas predeterminadas. É o professor que deve tomar a iniciativa na definição dessas metas para os seus alunos.

3) Como evangelista
Os maiores ganhadores de almas em nossas igrejas são os obreiros da Escola Dominical. Se não o são, devem procurar sê-lo! Têm as melhores oportunidades, o melhor preparo e os motivos mais fortes para isso. E lidam constantemente com a Bíblia, o livro que todos usam para evangelizar.
O ensino do professor da EBD deve ser evangelístico. Isto significa que tudo o que ele faz e ensina deve, direta ou indiretamente, focalizar a pessoa de Jesus Cristo como o Salvador. O Dr. G. S. Dobbins (Melhor Ensino na Escola Dominical - Juerp, 1960) sugere o seguinte:
• Qualquer que seja a lição, o professor deve levar o aluno a encontrar-se com Cristo;
• Acima de tudo, o professor compartilha Cristo;
• Qualquer que seja o método usado, Cristo deve ser o mestre dentro da sala de aula.
Se é assim, como pode o professor da EBD deixar de ser um evangelista? Como pode deixar de matricular um não crente na sua classe? Como pode negar para o seu ensino da Palavra de Deus a finalidade evangelística?

4) Como exemplo perante os alunos
O professor ensina muito pelo que diz, mas ensina mais pelo que é. As boas palavras do professor têm como base e força maior o bom exemplo que ele vive. Quando o aluno vê o evangelho vivido por alguém, isso lhe traz grandes grandes benefícios. É uma confirmação do que ele está aprendendo. É a teoria em prática. O novo crente, especialmente, precisa ver e acompanhar o andar de um crente mais maduro, para poder entender o significado da maturidade espiritual.
Na verdade, o professor deve refletir a vontade divina sendo executada em sua vida, e não a sua própria vontade. Para tanto, convém perguntar: “Que tipo de pessoa sou eu?” Depois de responder a essa, eis uma segunda: “Como posso melhorar a minha vida?”.

5) Como um amigo e conselheiro
O professor que dirige uma classe bíblica sem amor não passa de um “metal que soa ou címbalo que retine” (1 Co 13.1). O que o professor diz no domingo tem que servir para todos os dias da semana. O que faz um professor quando adoece um membro da sua classe? Ou quando está em dificuldade de ordem familiar, moral ou financeira? Ou quando se torna frio ou indiferente? O professor pode tomar o tempo de se envolver, de aconselhar e procurar uma solução? Foi isso que Jesus fez. O professor que não ama de verdade seus alunos dificilmente será um bom professor. Dificilmente será instrumento de Deus para a transformação de vidas.
O aluno precisa encontrar no seu professor um amigo. Um amigo para dar apoio quando está desanimado, coragem quando está se sentindo espiritualmente abalado. Os problemas do dia-a-dia são reais e o aluno quer respostas que funcionam, que satisfazem. Encontrando-as ou não, se ele sabe que tem um professor que é seu amigo, pode continuar na luta.
III - A DISCIPLINA
A postura indispensável para a transformação de vidas

Em 1 Tm 4.12 a Bíblia recomenda: “Sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza.”; Da mesma forma em Tt 2.7: “Em tudo de dá por exemplo”; E em 1 Co 11.1 Paulo desafia:“Sede meus imitadores”.
Todo aluno deseja ser como o seu professor. Deseja imitá-lo. Faz dele um modelo de conduta. O professor deve se dar conta disso e procurar desenvolver um padrão de comportamento que seja de fato exemplar, afinal, precisará usar essa ferramenta em suaatuação como instrumento de Deus para a transformação de vidas.
O professor, queira ou não, influencia. E não pode fugir disso. E essa influência contagia com naturalidade toda a classe. Se o professor não é disciplinado, a influência que transmitirá à sua classe será negativa, e as conseqüências disso serão, seguramente, desastrosas.
São muitos os aspectos a serem observados pelo professor da EBD em relação à sua conduta, principalmente perante os alunos. Os 4 aspectos mais importantes são:

1) Pontualidade
O professor que chega atrasado à sua classe estará, no mínimo, cometendo dois erros: 1o) roubando parte do tempo disponível, para ministrar uma boa aula; 2o) permitindo que seus alunos também cheguem atrasados e percam parte da aula que está sendo ministrada. A pontualidade é fundamental como elemento de motivação para os alunos. Os alunos adoram quando chegam à classe no domingo e já encontram o professor esperando por eles, talvez revendo alguns apontamentos ou arrumando uma melhor acomodação para a classe.

Os alunos fazem o maior sacrifício para chegarem à classe no domingo dentro do horário de início da aula, para não perderem a introdução do assunto que será ministrado e inteirarem-se dos objetivos da lição, normalmente apresentados pelo mestre durante a introdução da lição.
Se, entretanto, não encontram o professor na classe, seguramente irão passar a não dar mais tanto valor à pontualidade, e passarão a chegarem atrasados a partir do próximo domingo, pois entenderão que, se isso fosse importante, o professor levaria a sério. É contagiante! Cuidado!
Há um erro que muitos professores cometem, sem que percebam, crentes que estão abafando! Esse erro consiste em é ter que ficar esperando a classe “encher” para começar a aula. Sabe o que vai acontecer? Os alunos concluirão que não valerá a pena chegar no horário, pois terão que esperar os “atrasildos”. Portanto, passarão a atrasar-se também.
Por outro lado, se o professor iniciar a aula com pontualidade, mesmo com a sala vazia, levará os “atrasildos” a se conscientizarem de que estão perdendo boa parte do ensino, e passarão a ser pontuais também.
Professor, nunca permita que a falta de pontualidade seja um empecilho para a sua atuação como instrumento de Deus na transformação de vidas. Vidas que estão sob seus cuidados!

2) Assiduidade
Assiduidade é sinônimo de constância, de perseverança. A Bíblia recomenda: “Sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor” - 1 Co 15.58 (grifo nosso). O professor que tem por hábito não comparecer às reuniões da EBD, tais como o Estudo de Professores, e até mesmo à sua própria classe, alegando sempre motivos particulares, certamente não está em condições para dedicar-se ao ministério do ensino, e muito menos de ser usado por Deus como instrumento para a transformação de vidas, pois a Palavra de Deus reprova a falta de constância e assiduidade (Lc 9.62). Não sendo assíduo às reuniões, o professor não estará acompanhando o dia-a-dia da sua classe e também da sua EBD, para tomar conhecimento das diretrizes que estão sendo estabelecidas para o aprimoramento de todos os segmentos da Escola Dominical. Quando ele falta às aulas, passa para o aluno uma imagem de descaso. E o pior é que o aluno o toma como modelo! (como de fato o é).

3) Colaboração
Colaborar significa laborar em conjunto, buscando o mesmo objetivo. Colaboração também pressupõe integração. O professor disciplinado é um colaborador, em todos os aspectos, junto ao seu Superintendente e demais colegas. Êle está sempre à disposição para ajudar, para ser útil em alguma coisa que porventura possa estar ao seu alcance fazê-lo. Mesmo que determinadas diretrizes estabelecidas na EBD pelos dirigentes não sejam, em sua opinião, perfeitas, ou do seu agrado, mas ele as acata e as faz cumprir. Tudo por disciplina. Tudo por respeito. Tudo por que é um agente de Deus preocupado na transformação de vidas que estão sob seus cuidados. Uma postura de “criador de caso” , “dono da verdade”, ou de quem age como “um sabe tudo” que não tem que dar satisfações à administração da EBD ou ao pastor, não é digna de um professor chamado para ser o exemplo dos fieis, na transformação de vidas.

4) Lealdade
O professor da EBD deve ser um membro fiel e leal à igreja que o elegeu para o ensino bíblico em uma classe da Escola Dominical. Sem essa lealdade, a igreja e a classe saem prejudicadas. De todas as tarefas que se exerce na igreja, esta é a que exige mais lealdade. Mas lealdade em que sentido?
a) No apoio ao Pastor - a maior expressão de liderança da igreja se encontra no seu pastor. O ensino faz parte vital do seu ministério. A Escola Dominical e a atuação dos seus professores são uma extensão desse mesmo ministério. O professor, por palavra e exemplo, exerce tremenda influência, junto a seus alunos, no sentido de dar apoio ao seu pastor.
b) Na assistência aos cultos - O professor da Escola Dominical deve entender que os cultos da igreja são importantes e deve assistir a eles. O culto que segue à Escola Bíblica Dominical é, de certa maneira, o ponto culminante da própria Escola. O pastor não ensina a lição no culto, mas ele consegue construir em cima daquilo que os professores já fizeram nas classes. A presença do professor, e de seus alunos, encoraja o pastor e dá uma demonstração de que a equipe toda está funcionando em perfeita harmonia. O culto precisa do professor; o professor precisa do culto.
c) Na participação no sustento financeiro - O professor que é dizimista nunca terá dificuldade alguma para levar os seus alunos ao estudo da mordomia cristã. O professor que é generoso no dar verá que a sua classe tende a seguir o seu exemplo. Levará a sua classe a levantar boas ofertas missionárias nas épocas determinadas, tudo em cumprimento do programa financeiro de sua igreja.
IV - AS QUALIDADES PESSOAIS
Marcas indispensáveis para a transformação de vidas

Quem é o melhor professor que você conhece? o que você mais admira nele? você já parou para pensar nas qualidades desse professor? Nas qualidades que fizeram dele um professor respeitado, admirado e que você guarda na memória até hoje?
Queremos salientar algumas das melhores qualidades dos melhores professores, daqueles que melhor ensinam a palavra de Deus.

1) Espiritualidade
Esta qualidade é, de todas, a mais importante, para o professor da EBD. Uma pessoa que não tem religião não pode ensinar religião para outros. O professor que não mantém uma boa comunhão com Cristo em seu coração e em sua vida diária jamais será bem sucedido, mesmo que seja muito inteligente e conhecedor de todas as leis do ensino. O professor não pode suprir as necessiedes dos outros sem primeiro ter supridas suas próprias necessidades espirituais. Não pode levar os seus alunos numa viagem que primeiro não tenha feito ele mesmo.
a) O professor deve ser um cristão maduro - que manifeste um caráter cristão forte e que possua certos traços cristãos tais como a bondade, a modéstia, a boa disposição, a lealdade, a tolerância, o amor. O professor deve ser um exemplo vivo do verdadeiro Cristianismo. Suas atitudes, seus padrões, e seu viver de todos os dias serão conforme a tudo quanto se ensina na Palavra de Deus, e a tudo quanto ele ensina na EBD. Quando o ensino da EBD é considerado um ministério ordenado por Deus, como já vimos, e quando se vê claramente a natureza espiritual da verdade que se ensina, percebe-se ser imperativamente necessário que o professor da EBD seja cheio do Espírito Santo. Considere o caso de Apolo, que estava ensinando, “conhecendo apenas o batismo e João”. Quando Áquila e Priscila souberam disso, imediatamente “tomaram-no consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus”, (At 18.25,26).
b) O professor deve ser uma pessoa de oração. - Assim sendo, estará seguindo o exemplo de Jesus, que orava e ensinava a seus discípulos a origem desse ensino. A oração ajuda o professor a se manter humilde e dependente de Deus. A oração proporciona oportunidades para o professor afinar sua vontade e seus propósitos aos planos de Deus. A oração do professor abre a mente dos alunos, permitindo uma melhor compreensão do ensino bíblico. O professor deve esforçar-se para cultivar na sua vida devocional a oração intercessória. Os alunos querem e precisam ter um professor que ore por eles. O ensino do professor é mais objetivo quando ele ora pelos alunos.

2) Senso de chamada
A Bíblia fala de várias “chamadas”:
a) Todas as pessoas são chamadas para a salvação, para conhecerem a Cristo como Salvador. O evangelho é universal e Deus não quer deixar ninguém de fora.
b) Todos os crentes são chamados para servir a Deus. A Bíblia não deixa nenhuma dúvida no que se refere à responsabilidade de todo crente conhecer os ensinamentos bíblicos.
c) Existe também uma terceira “chamada” - a chamada para o ministério. Uma chamada para a pessoa se preparar para uma obra especial no pastorado, na vida denominacional, no campo missionário, ou noutro semelhante.
Feliz é o professor que sente que Deus tem para ele um trabalho especial - uma classe onde possa aplicar os seus conhecimentos e sua experiência. Onde ele possa investir a sua vida. Onde ele possa ministrar. Neste ministério ele está cooperando com os planos de Deus. Neste ministério ele está colaborando com o seu pastor. Bem aventurado o professor que tem um senso de chamada de Deus! (Ef 4.11)

3) Relações inter-pessoais
A personalidade de Jesus atraia multidões. Ele ensinava as verdades de Deus, transmitindo-as pelo uso de sua personalidade. O professor da EBD se relaciona constantemente com pessoas. “O nível mais profundo da experiência humana é sua relação com pessoas. A expansão do eu, que se dá especialmente na adolescência, torna possível a inclusão de outras pessoas em nossa vida. Aqui está o segredo das relações pessoais sadias, que marcam uma personalidade equilibrada. Podemos dizer, sem muito medo de errar, que, se um indivíduo não alcança este nível de desenvolvimento, dificilmente terá uma religião sadia e criativa, pois a religião é, acima de tudo, uma relação pessoal com Deus, relação essa que se reflete em todas as dimensões de nossa relação com o próximo” (Dr. Merval Rosa, Psicologia da Religião, Juerp).
Podemos ver que o professor que tem uma personalidade equilibrada leva grande vantagem e certamente deseja para seus alunos a mesma vantagem.

4) Disposição de aprender
O homem é um ser educável e nunca acaba de aprender. Professores, como as demais pessoas, são imperfeitos. É importante que o professor reconheça que tem suas limitações. Ele nada ganha bancando o “sabidão”. quando não sabe uma resposta é melhor ser honesto e dizer que não sabe. Ganhará com isso o respeito de todos. A falta de humildade não é uma virtude.
Os melhores professores são aqueles que têm a disposição de aprender. Até Jesus “crescia em sabedoria” (Lc 2.52). O professor deve procurar sempre oportunidades para aprender mais. Aprenderá com os outros professores. Aprenderá dos melhores livros. Aprenderá dos alunos e com eles. Alguém bem disse: “Não há melhor maneira de aprender do que tentar ensinar outra pessoa”.

5)Disposição de melhorar
Todo professor pode ser um professor melhor. É triste quando um professor está satisfeito em ficar onde está, a ensinar sempre como ensina agora e não progredir. Alguém desenvolveu, com muita propriedade, o seguinte quadro sobre professores:
O professor medíocre fala;
O bom professor ilustra;
O professor superior demonstra;
O grande professor inspira.
O desejo de ser um professor melhor gera insatisfação com o que somos atualmente, levando-nos sempre em direção ao ideal. Foi assim com o apóstolo Paulo: “Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação” (Fl 4.13).
Encerramos este tópico com a seguinte ilustração:
Certa pessoa, deixada de lado na escolha de um novo diretor de uma escola, queixou-se com o relator da comissão e disse:
“Mas eu sou o candidato mais indicado, pois tenho 23 anos de experiência no ensino”
“Não, meu amigo”, - retrucou o relator- “você não tem 23 anos de experiência. Você tem um ano de experiência, repetido 23 vezes”.


V - OBJETIVIDADE NO ENSINO
Os Alvos Indispensáveis para a Transformação de Vidas

Objetivos para o professor são como o mapa para o viajante, ou a bússola para o marinheiro. Dão a direção que o professor precisa ter. O professor também pode se perder em seu ensino, e se ele não sabe onde está, certamente os alunos também estão perdidos.
No ensino, existem três fases básicas: planejamento, execução e avaliação. Fases importantes e relacionadas aos objetivos.

1) O professor que tem objetivos centraliza o ensino na revelação bíblica
O professor da Escola Dominical tem uma missão toda especial - ensinar a Bíblia para os seus alunos. É o livro-texto da EBD e o ponto de partida de todas as lições. É a base do currículo e das revistas. Nada deve tomar o lugar da Bíblia no ensino. Tudo o mais apenas complementa, explica e aplica a mensagem bíblica. Deus tem um plano para o mundo criado por ele. Tem um plano para cada vida e quer que cada pessoa entenda o seu plano. O plano de Deus se encontra na Bíblia, e o professor é o agente de Deus para fazer as pessoas entenderem esse plano, e por fim terem suas vidas transformadas.

2) O professor que ensina com objetividade visa ajudar as outras pessoas
Para o professor não existe ninguém mais importante que o seu aluno. O aluno é o objeto do seu ensino. O aluno tem necessidades e o profesor que ajudá-lo a superar suas dificuldades, quer levá-lo a encontrar soluções para o seu problema. O resultado do ensino bíblico deve ser vidas melhores. Deus quer que toda pessoa chegue à sua máxima potencialidade. O professor colabora com Deus quando:
a) Ajuda os alunos a descobrirem quem eles são - O aluno deve saber o que crê, o valor de suas crenças e quais são os seus motivos.
b) Ajuda os alunos a se aceitarem a sí mesmos - Todos têm defeitos: na personalidade, no corpo, nas capacidades. Mas, diante de Deus, todos têm o mesmo valor. O professor e os alunos que acompanham com paciência a dificuldade de um aluno em se expressar, estão dizendo para aquela pessoa que a aceitam, com seus defeitos. Quando outras pessoas nos aceitam, torna-se mais fácil nós nos aceitarmos a nós mesmos.
c) Ajuda os alunos a aprenderem as verdades de Deus - Isto significa mais que simples fatos bíblicos. A verdade de Deus produz convicções, esperança, satisfação. A verdade de Deus penetra além da mente. Vai ao coração e afeta atitudes e ações. Transforma vidas.

3) O profesor que ensina com objetividade submete seu ensino a avaliação
As três fases do bom ensino podem ser chamadas de: antes da aula (planejamento), durante a aula (execução do plano) e depois da aula (avaliação). O bom professor toma tempo para avaliar seu ensino, para ver atingir suas metas:
• Se as ilustrações planejadas realmente esclareceram o assunto;
• Se a pesquisa bíblica elaborada realmente conseguiu envolver todos os alunos;
• Se o uso de uma outra versão da Bíblia realmente trouxe mais interessse na leitura da passagem bíblica;
• etc.
Ele quer eliminar as experiências negativas e reforçar as experiências positivas, sempre com vistas a melhorar a qualidade dos seu ensino.
O professor que não tem seus objetivos bem definidos não tem base para uma avaliação do seu ensino. Não sabe se ensinou bem ou mal, se os alunos aprenderam bem ou mal, se os alunos aprenderam ou não, se deve modificar alguma coisa ou não. É semelhante à situação de Cristóvão Colombo. Alguém caracterizou assim a incerteza dele em buscar um mundo novo:
Antes de viajar, não sabia para onde ia;
Quando chegou, não sabia onde estava;
Quando voltou, não sabia dizer onde tinha estado.


VI - PARCIALIDADE
Impedimentos para a Transformação de Vidas

Existem muitos impedimentos para um ensino melhor, que realmente transforme vidas, tais como a falta de espaço adequado, falta de apoio dos líderes, falta de material de ensino, etc. O que queremos enfatizar aquí, no entanto, tem a ver com o professor, como um agente de Deus para a transformação de vidas.

1) Falta de experiência
 Mas, eu nunca ensinei uma classe da Escola Bíblica Dominical! Esta é uma reação normal de quem não tem experiência. E como vai ganhar experiência? De uma maneira só: Ensinando. A experiência faz falta para o novato, pois ganhamos muitas lições práticas ao longo dos anos como professores. Mas o professor novo, disposto a dar o melhor de si, pode vir a ser um bom professor.
Muitos professores de adultos já têm experiência no trabalho com crianças ou jovens antes de serem convidados para dirigir uma classe de adultos. Essa experiência é de grande valor. Há necessidade de fazer adaptações, pois faixas de idade diferentes representam outros níveis de linguagem, de métodos, etc.

2) Falta de Tempo
Todos nós usamos o mesmo relógio - o de 24 horas. Temos ao nosso dispor o mesmo tempo. A diferença entre as pessoas está na maneira de usar o tempo. É uma questão de prioridades. O que é mais importante para uma pessoa recebe maior parcela de tempo. O que julgamos de menos importância, recebe menos tempo.
É verdade que algumas pessoas andam muito mais ocupadas do que outras. Enchem demais as horas que têm. Será que fazem mesmo tanta coisa ou isso é apenas uma impressão que querem dar? Será que conseguem entrar no fundo de qualquer assunto ou empreendimento ou tratam de tudo muito superficialmente?
Quando se trata da Bíblia, o estudo superficial é de valor duvidoso. O professor que não tem tempo, ou que não dá o tempo necessário ao preparo, corre seriamente o risco de fazer um trabalho de pouco significado, e que, seguramente, não irá alcançar a transformação de vidas.

3) Falta de preparo
Este impedimento pode estar ligado à questão de tempo. Mas, pode ser por outra causa. A falta de visão pode levar o professor a não preparar-se bem. A falta de recursos didáticos como comentários, concordâncias, dicionários, etc pode também impedir o professor de fazer um trabalho adequado na busca da transformação de vidas.
A falta de preparação se torna bem evidente na aula. O professor perde o controle na aula e os alunos começam a conversar entre sí, talvez reclamando da péssima maneira como estão sendo alimentados com o assunto daquele domingo. No fim, o professor sente-se aliviado por ter terminado o tempo sem terem acontecido maiores catástrofes. Nesta hora, é aconselhável que o professor calcule os danos e decida que não vai mais repetir a experiência.


CONCLUSÃO

Os seis itens abordados, Dedicação, o Crescimento, a Disciplina, as Qualidades Pessoais, a Objetividade no Ensino e os cuidados com a Parcialidade precisam estar sempre em evidência no dia-a-dia do professor, para que este possa desempenhar com sucesso o seu papel de agente de Deus para a transformação de vidas.
Não é o professor que transforma vidas. Quem transforma vidas é Deus, mediante o ensino da Sua Palavra, para o qual o professor é o instrumento escolhido.
Tudo o que você aprendeu através deste estudo, coloque em prática imediatamente. Saiba que tudo isso vai ser cobrado por Deus, pois Ele te deu esta oportunidade de tomar conhecimento destas coisas (se ainda não as conhecia) justamente para que você possa de fato conscientizar-se de que o seu papel principal não é ensinar, mas transformar vidas através do ensino.



 Fonte:
http://euvoupraebd.blogspot.com.br/2012/11/o-professor-da-escola-dominical-como-um.html#.V5-7H_krLIU