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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

39-A ESCOLA DOMINICAL E O CRESCIMENTO DA IGREJA





 

A ESCOLA DOMINICAL E O CRESCIMENTO DA IGREJA

Todos os líderes da Igreja almejam e trabalham para ver o crescimento de suas Igrejas. Para isso, mobilizam seu povo com a esperança de que suas Igrejas tomem prazer pelo cumprimento do Ide de Jesus em busca dos perdidos para o Reino de Deus. Falta-lhes, no entanto, às vezes, pequenos detalhes que muito poderiam cooperar para o alcance do tão almejado crescimento.

Neste artigo, abordaremos o crescimento da Igreja tomando como ponto de partida a Escola Dominical, que, a nosso pensar, é um dos mais poderosos instrumentos de crescimento da Igreja de Cristo destes últimos tempos. Falaremos, portanto, do crescimento da Igreja vinculado à evangelização, ao discipulado dos novos convertidos e ao treinamento dos cristãos para o exercício do serviço divino.

I. A Igreja cresce quando a ED se empenha na evangelização de sua comunidade

 Todo estudioso da história da Igreja sabe que a Escola Dominical nasceu evangelizando. Não ignoramos que, em seu princípio, a ED se propunha ensinar, além das Escrituras Sagradas, outras matérias como matemática e gramática, como forma de ajudar as crianças pobres a terem um futuro melhor.

Quando Robert Raikes (1780) resolve, em Gloucester, na Inglaterra, alfabetizar as crianças carentes de sua cidade, tinha certamente a convicção de que Deus haveria de dar um novo destino à para os pequenos desamparados de sua comunidade.

Só não sabia que o seu invento haveria de se transformar numa grande e poderosa forma de evangelizar não apenas crianças, mas também adultos.
Os tempos mudaram, as culturas evoluíram, a proteção à criança tem se aperfeiçoado ao redor do planeta, mas a necessidade de evangelizar tanto crianças como adultos permanece como prioridade número um dos ensinos das Escrituras:

"Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos" (Mateus 28.19-20).


 A igreja não pode perder da memória que sua principal missão na Terra é evangelizar. O mandamento de Jesus, contido no texto acima transcrito, é taxativo: "Vão, façam discípulos, ensinem... Eu estarei convosco". Não há meio melhor de evangelizar a comunidade senão através da Escola Dominical.
A ED está sempre inserida numa comunidade onde há pessoas precisando do conhecimento de Deus, e a ED possui este conhecimento. Pessoas precisando de salvação e a ED sabe em Quem está a salvação. Portanto, evangelizar os pecadores deve fazer parte de toda a programação de cada ED local.
Uma igreja avivada e comprometida com os ensinos de Cristo, não se conforma com o crescimento natural ou vegetativo, ou seja, com o crescimento decorrente apenas do nascimento de crianças nas famílias dos crentes. Certamente, ela quererá muito mais. Ela se dedicará à busca das almas que estão perecendo diariamente ao seu redor.

Ela se utilizará da ED, por meio de seus líderes, professores e alunos, para crescer sua membresia nos moldes da Igreja Primitiva, que, evangelizando, se multiplicava pelo miraculoso operar do Espírito Santo, que convencia os perdidos do pecado, da justiça e do juízo.

Quando a Igreja prega e ensina a Palavra de Deus, há sempre a resposta divina fazendo aquilo que o homem não pode fazer: salvar, curar, libertar, batizar no Espírito Santo e efetivar o crescimento numérico e espiritual da Igreja, que é o grande desejo de todo verdadeiro cristão.

II. A Igreja cresce quando a ED faz dispulado e integra os novos convertidos
Décadas atrás, nossa querida Assembleia de Deus carregou o estigma de ser uma igreja que não se preocupava muito com seus novos convertidos; era, como se dizia, uma excelente "parteira", mas uma péssima "pediatra".
Agíamos à semelhança do avestruz, trabalhávamos sem entendimento: a avestruz bate as asas alegremente, abandona os ovos no chão e deixa que a areia os aqueça, esquecida de que um pé poderá esmagá-los, que algum animal selvagem poderá pisoteá-los.

Ela trata mal os seus filhotes, como se não fossem dela, e não se importa se o seu trabalho é inútil. Isso porque Deus não lhe deu sabedoria nem parcela alguma de bom senso (Jó 39.13-17).

Indubitavelmente, a igreja é diferente do avestruz, pois Deus lhe capacitou com sabedoria divina para que ela entenda que o trabalho que faz deve funcionar como uma parceria. Ela prega e ensina a Palavra, o Espírito Santo convence do pecado, Jesus Salva e, novamente, a Igreja deve entrar em ação, cuidando dos novos convertidos para que se firmem na fé e cresçam na vida espiritual.

O avestruz, por não ser dotado de bom senso, coloca seus ovos na areia e os deixa aos cuidados da natureza, não entendendo que há muitos predadores que poderão inutilizar o seu trabalho.
Dessa mesma forma, agiam aquelas Igrejas que não se preocupavam com o discipulado e com a integração de seus novos membros.

Preocupavam-se muito com estatísticas (número de pessoas decididas por Cristo), mas esqueciam que essas pessoas estavam inseridas num mundo onde há muitos predadores da fé cristã preparados para impedir a continuidade da marcha espiritual dos novos convertidos.
Graças a Deus, essa situação tem mudado nos últimos anos. As lideranças da Igreja têm entendido que não basta pregar o Evangelho às pessoas e deixá-las abandonadas, cuidando de seu próprio crescimento espiritual.
Hoje, graças ao grande esforço de nossa querida CPAD, muitos pastores já foram despertados para estabelecer classes de discipulado e integração em suas Igrejas, fato que tem contribuído muito para um crescimento numérico com qualidade de muitas Igrejas pelo Brasil e pelo mundo afora.
Jamais poderíamos continuar agindo como a avestruz, possuindo muita força, mas jogando fora os frutos provenientes dessa força. É preciso que cada líder de igreja despertada continue despertando outros líderes para a urgente necessidade de discipulado e integração dos novos conversos e do consequente treinamento desses convertidos para a continuidade do ministério, pois somente dessa forma a igreja pode dizer que está crescendo nos moldes do ensino das Sagradas Escrituras.

E urgente, pois, que cada igreja estabeleça a classe de discipulado em suas congregações, em obediência às ordenanças divinas, que nos ensinam: "Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos".

Fazer discípulos, conforme ensinado, no texto mencionado, não é somente formar espectadores ou admiradores, mas formar pessoas comprometidas com os ensinos recebidos e, consequentemente, com o Seu Mestre Jesus.
Para fazer discípulos para Jesus é preciso reunir os neoconversos em uma classe, matriculados, onde possam receber um ensino saudável e totalmente bíblico, que possa conduzi-los a um crescimento espiritual sadio, sem as malfadadas inovações do cristianismo descomprometido com a Palavra de Deus.

III. A Igreja cresce quando a ED prepara seus membros para o exercício do ministério

Um dos alvos da pregação e do ensino da Palavra de Deus é a maturidade espiritual dos convertidos. Com esse fim Jesus designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o Corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo.

O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro (Efésios 4.11-14).
A Igreja de Cristo do presente século não pode perder de vista o fim ensinado neste texto sagrado, devendo se utilizar de todos os meios e metodologias bíblicos e pedagógicos para conduzir seus membros ao crescimento espiritual até que todos estejam em condições de assumir a obra do ministério.

É lamentável a qualidade de alguns obreiros que estão ocupando nossos púlpitos nestes últimos tempos. Certamente, tais obreiros não passaram pelo discipulado, nem foram matriculados na classe de jovens e adultos da ED. "Cresceram" de forma desordenada e hoje estão dando muito trabalho aos pastores que verdadeiramente pastoreiam suas igrejas.
Mas, exatamente para que isso não acontecesse, o Senhor estabeleceu os dons do ministério cristão, e a Escola Dominical é, sem dúvida, a principal agência de treinamento de nossos membros para o serviço do ministério cristão, "até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo".

A Escola Dominical e o crescimento da Igreja vão andar sempre em situação de dependência um com o outro. A Igreja sempre precisará da ED para crescer e esta não existirá de modo eficiente desvinculada daquela. Que Deus continue ajudando a liderança da Igreja em todo o nosso país a entender que um crescimento saudável passará, obrigatoriamente, por um ensino também saudável da Palavra de Deus.

Fonte:
 Ensinador Cristão, n°56, Divulgação Subsídios ebd

http://sub-ebd.blogspot.com.br/2015/07/a-escola-dominical-e-o-crescimento-da.html

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