EBD

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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

46-EBD SUA RELEVÂNCIA E ORGANIZAÇÃO




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EBD SUA RELEVÂNCIA E ORGANIZAÇÃO

Objetivos:
Abordar a Escola Bíblica Dominical com foco na sua relevância para ao crescimento da igreja local.
Apresentar a Escola Bíblica Dominical em sua organização dentro da igreja local.
Conscientizar líderes e integrantes da Escola Bíblica Dominical para uma nova visão desta como principal agência de ensino sistemático e metódico da Palavra de Deus.

Introdução:

A Escola Bíblica Dominical tem ao longo dos anos sofrido em algumas igrejas um processo de segundo plano e em alguns caso ela passa a ser tratada como apêndice, ou um órgão secundário dentro da estrutura litúrgica da igreja local, já não a mais espaço para um trabalho tão antigo e metódico dento de uma modernidade por que passa a igreja e o mundo na atualidade. É para refutar tal visão que vamos fazer uma abordagem sobre a historicidade do ensino através da Bíblia, culminando com os ensinos de Jesus o Mestre dos mestre, passaremos pelo momento histórico da criação e fundação da EBD em 1870 por Robert Raikes, fundamentando assim a relevância e importância desta agência de ensino bíblico para o crescimento da igreja local, mesmo em tempos tão modernos. Finalizaremos com uma breve apresentação de como organizar e administrar este que e o principal segmento da igreja do ponto de vista do ensino sistemático e relevante da Palavra de Deus.

O ensino da Palavra de Deus nas Escrituras:

A. No Éden
Ensino Religioso-Espiritual começa na Bíblia ainda no Éden com Adão, embora de maneira informal e doméstica, notamos que o aprendizado foi eficiente a ponto de os filhos de Adão, Caim e Abel aprenderem que deviam adorar a Deus com suas ofertas.Gn 4. 3,4.
B. Nos dias de Abraão:
Esta responsabilidade recaia sobre os ombros dos patriarcas (pais), e estes e maneira eficiente e responsável transmitiam os conhecimentos do único Deus verdadeiro a seguidas gerações dos filhos de Israel. Veja o exemplo no conhecimento que Isaque tinha em relação ao sacrifício que seria oferecido a Deus no monte Moriá. Gn 22. 7,8.
C. Durante o cativeiro no Egito
No Egito, durante o cativeiro, vemos a eficácia destes ensinos, pois mesmo sem território próprio, sem templo ou organização de culto o povo de Israel não se esqueceu de seu Deus, mas confiava que Ele era poderoso e ouvia o clamor deles e que um dia se levantaria e os resgataria do meio do Egito para cumprimento das promessas feitas a Abraão. Deus levantou a Moisés como libertador do seu povo e vamos encontra-lo exortando os pais a respeito do ensino dos mandamentos divino a seus filhos desta maneira: “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, nas tuas portas.” Dt 6. 6-9.
Ensino que foi reiterado em Dt 11. 18-20: “Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontais entre os vossos olhos. E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te; E escreve-as nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas;”.
As reuniões públicas de ensino assim eram tratadas: “Quando todo o Israel vier a comparecer perante o Senhor teu Deus, no lugar que ele escolher, lerás esta lei diante de todo o Israel aos seus ouvidos”. Ajunta o povo, os homens e as mulheres, os meninos e os estrangeiros que estão dentro das tuas portas, para que ouçam e aprendam e temam ao Senhor vosso Deus, e tenham cuidado de fazer todas as palavras desta lei; E que seus filhos, que não a souberem, ouçam e aprendam a temer ao Senhor vosso Deus, todos os dias que viverdes sobre a terra a qual ides, passando o Jordão, para a possuir. Dt 31. 11-13.
Este ensino de forma insistente e metódica levou o povo de Israel que não passava de um bando de escravos vassalos de Faraó, a uma nação poderosa apta a conquistar a terra que o Senhor Deus prometeu a seus pais, como possui-la e transforma-se em nação poderosa e única a adorar a um só Deus entre as demais nações de sua época.
D. Nos tempos do Reis, Sacerdotes e Profetas:
Após o cativeiro no Egito o povo de Israel passou por um período de governo Teocrático onde Deus era o Soberano, e Este levantava a frente do povo juízes com a função de manter a ordem e liderar o povo em suas guerras, era uma época de instabilidade politica e religiosa onde o povo por um período de tempo seguia ao Senhor e observava os seus mandamentos e Deus os abençoava, porém em meio à benção eles se esqueciam do Senhor o seu Deus, e prevaricavam contra os mandamentos do Senhor e Deus permitia para correção do povo que as nações circunvizinhas os subjugassem daí Deus levantava outro juiz para liderar o povo e os conduzir de volta para o seu Deus foram muitas as idas de vindas do povo hebreu nesta que a história chega a contabilizar 15 juízes em Israel de Otoniel até Samuel num período de aproximadamente 350 anos.
Nesta fase o povo enfrentou grandes problemas na área do ensino, pois o grande líder Josué falecera e com ele toda a sua geração, e a geração que os sucederam não conheciam ao Senhor, praticando o que era mal aos olhos do Senhor Deus, a ponto de se esquecerem do Deus que os havia tirado do Egito e irem após outros deuses para os servirem e os adoram. (Jz 2. 7-20) Daí entendemos a necessidade da liderança estar envolvida e comprometida com o ensino da palavra de Deus para que o povo não venha a se desviar dos caminhos do Senhor. “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porquanto rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.” (Oz 4. 6).
Após este período temos a introdução na politica de Israel o sistema Monárquico, com alguns reis de Judá sendo influenciados pelos profetas a restauração do ensino da Palavra de Deus, ministério este desenvolvidos e sobre a responsabilidade dos sacerdotes e levitas, era a restauração do culto divino e do incentivo a prática dos mandamentos, e do ensino da lei de Moisés entre os descendente de Abraão. Vejamos o exemplo do rei Josafá: “E no terceiro ano do seu reinado enviou ele os seus príncipes, a Bene-Hail, a Obadias, a Zacarias, a Natanael e a Micaías, para ensinarem nas cidades de Judá. E com eles os levitas, Semaías, Netanias, Zebadias, Asael, Semiramote, Jônatas, Adonias, Tobias e Tobe Adonias e, com estes levitas, os sacerdotes, Elisama e Jeorão. E ensinaram em Judá, levando consigo o livro da lei do Senhor; e foram a todas as cidades de Judá, ensinando entre o povo.” (2 Cr 17. 7-9).
E de Josias após encontrar a livro da Lei: “Então o rei deu ordem, e todos os anciãos de Judá e de Jerusalém se ajuntaram a ele”. Subiu o rei à casa do Senhor, e com ele todos os homens de Judá, todos os habitantes de Jerusalém, os sacerdotes, os profetas, e todo o povo, desde o menor até o maior; e leu aos ouvidos deles todas as palavras do livro do pacto, que fora encontrado na casa do Senhor.” (2 Rs 23. 1-2).
Este dois exemplos nos aponta para a importância de nossa liderança estarem não só envolvida mais comprometida com o ensino sistemático e ortodoxo da palavra de Deus. Quem dera o Brasil e os nossos governantes estivessem dispostos a seguirem estes exemplos, o nosso povo haveria de ter conhecimento sábio e sadio da palavra de Deus para enfrentar o graves problemas que se abatem sobre a nação brasileira. Mas não é isto que temos observado, pois aos líderes políticos pouco importa que o nosso povo venha a ter o conhecimento do saber divino, para libertação definitiva do jugo de Satanás. Assim sendo, cabe a Igreja do Senhor, coluna de firmeza da verdade, e aos nosso lideres, Pastores, Evangelistas, Missionários, e etc., manter regularmente o ensino da palavra de Deus dentro de nosso templos, e no embate de ideias dentro dos diversos espaços de liberdade de expressão que temos dentro desta sociedade.
E. Nos dias de Esdras e Neemias
Durante o cativeiro Babilônico, período de 70 anos que o povo hebreu passou cativo nos domínios de Babilônia. Vamos encontrar um dos mais importantes personagens mais importante da história dos Hebreus e do ensino da palavra de Deus no Antigo Testamento, Esdras fundou sinagoga em Babilônia, foi responsável pela popularização do ensino sistemático da palavra de Deus na Judéia, e pela tradição foi Esdras quem fixou e definiu o cânon do Antigo Testamento. Ao que todo indica foi ele o autor do livro de Crônicas, Neemias, e do livro sagrado que leva o seu nome.
Este escriba e doutor da lei, nascido em meio a cativeiro na Babilônia recebeu de Deus a missão de conduzir parte dos escravos de volta para Jerusalém com o objetivo de reconstruir a cidade, o templo e restaurar o culto divino nos moldes da lei de Moisés. No livro de Neemias já com boa parte dos judeus de volta à Jerusalém encontramos Esdras ensinando a palavra de Deus aos seus contemporâneos. Vejamos o que nos mostra o texto sagrado sobre as grandes concentrações públicas lideradas por Esdras para leitura da lei de Moisés e explicação do texto sagrado: “Então todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça diante da porta das águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o Senhor tinha ordenado a Israel.”. E Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a congregação, tanto de homens como de mulheres, e de todos os que podiam ouvir com entendimento, no primeiro dia do sétimo mês.
“E leu nela diante da praça que está fronteira à porta das águas, desde a alva até o meio-dia, na presença dos homens e das mulheres, e dos que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei”.
“Esdras”, o escriba, ficava em pé sobre um estrado de madeira, que fizeram para esse fim e estavam em pé junto a ele, à sua direita, Matitias, Sema, Ananías, Urias, Hilquias e Maaséias; e à sua esquerda, Pedaías, Misael, Malquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão. E Esdras abriu o livro à vista de todo o povo (pois estava acima de todo o povo); e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé. Então Esdras bendisse ao Senhor, o grande Deus; e todo povo, levantando as mãos, respondeu: Amém! amém! E, inclinando-se, adoraram ao Senhor, com os rostos em terra.
“Também Jesuá, Bani, Serebias, Jamim, Acube; Sabetai, Hodias, Maaséias, Quelita, Azarias, Jozabade, Hanã, Pelaías e os levitas explicavam ao povo a lei; e o povo estava em pé no seu lugar. Assim leram no livro, na lei de Deus, distintamente; e deram o sentido, de modo que se entendesse a leitura.” (Ne 8. 1-8).
F. Durante o mistério de Jesus Cristo.
Jesus foi o mestre por excelência, sempre se dirigia a grandes multidões mais também se preocupava com uma prostituta vindo ao meio dia buscar agua em um poço em Samaria, um publicano roubador de pequena estatura que se esforçava-se em para conhecê-lo, ou um cego que mendigava a beira do caminho, a todos o Mestre dos mestres atendia sem acepção de pessoas.

1. A quem e onde Jesus ensinava:
Ø Nas sinagogas (Mc 6.2)
Ø Nas casas (Mc 2.1; Lc 5. 17).
Ø No Templo (Mc 12. 35)
Ø Nas aldeias e comunidade (Mc 6. 6).
Ø Às multidões (Mc 6. 34)
Ø A pequenos grupos e individualmente (Lc 24. 27; Jo 3 e 4).

2. O ministério tríplice de Jesus;
Ø Pregava o evangelho.
Ø Ensinava com autoridade.
Ø Operava milagres e maravilhas.

3. Seus apóstolos também ensinavam, e foram incumbidos de dar continuidade ao seu ministério após a sua volta para o céu.

É evidente que se a igreja hoje cuidasse devidamente do ensino bíblico junto a crianças e novos convertidos, teríamos uma igreja bem maior e mais forte doutrinariamente. Muitos são os pecadores que se convertem e muitas são as crianças que ingressam nos nossos departamentos infantis, mas são poucos os que permanecem nos caminhos da fé, por falta de um ensino sólido e comprometido com o crescimento daquele que estão dando os primeiros passos na fé.

G. Na igreja primitiva.
1. Após a ascensão do Senhor Jesus os apóstolos e discípulos continuaram com a missão imperativa do Mestre. A igreja primitiva dava prioridade e muita importância a esse ministério. (At 5. 41, 42).
2. Paulo é o maior ícone deste ministério na igreja primitiva, com trabalhos na área de ensino em muitas igrejas locais por ele próprio, fundadas.

O Ensino da Palavra de Deus nos tempos modernos.

Fundação da Escola bíblica Dominical. A escola dominical como hoje conhecemos teve seu inicio em 1780 na cidade inglesa de Gloucester. O seu fundador, um jornalista evangélico de 44 anos de idade que atendia pelo nome de Robet Raikes, acostumado a relatar, em suas crônicas diárias para o Jornal de Gloucester onde ele era redator, as inúmeras ocorrências de violências, furtos e pequenos delitos praticados por crianças e adolescentes abandonadas nas ruas de sua cidade. Contemplando aquela realidade sentiu compaixão por crianças que perambulando pelas ruas, estavam excluídas pala sociedade de então e entregues a delinquência, pilhagem, ociosidade e ao vicio sem qualquer cuidado ou orientação educacional e ou espiritual. Raikes que já desenvolvia um trabalho entre os apenados de sua região a pelo menos 15 anos, e entendeu que se não fosse tomado alguma providência para com aqueles menores, o futuro de todos eles seria um fundo de uma escura e fétida cela de uma cadeia a fim de pagar a pena por seus delitos, sem que a sociedade lhes apresentasse uma chance de escapar daquela armadilha. Diante desta constatação Raikes inicia um trabalho para a recuperação daqueles menores infratores que poluíam as estreitas ruas de Gloucester em sua missão Raikes saía às ruas aos domingos reunindo aqueles delinquentes e de inicio em sua casa lhes oferecia aulas de matemática, história, moral e cívica, língua inglesa, e principalmente ensino religioso e apoio espiritual. O inicio do trabalho não foi fácil, Raikes enfrentou oposição, principalmente porque alguns conservadores, o acusava de estarem violando o “dia do Senhor”, diziam a ele que aquela reunião com crianças maltrapilhas, mal cheirosas e mal comportadas no templo era uma profanação. Raikes não tomou conhecimento de tais oposições continuou o trabalho com afinco e determinação e assim começou o mais poderoso movimento de ensino da palavra de Deus que se tem notícia na historia da igreja moderna.
Em sua fase inicial de 1870 a 1873, Raikes fundou somente em Gloscester 7 núcleos da Escola Dominical, com cerca de 30 alunos cada, e 3 de novembro de 1873 Raikes publica em seu jornal a transformação ocorrida na vida das crianças alcançadas pela Escola Dominical, e até hoje 3/11/1783 é considerado como o dia do natalício da Escola Dominical.

O sucesso do método aplicado foi notável e aonde a Escola Dominical chegava florescia e em 1784 após quatro anos de sua fundação a Escola Dominical da Inglaterra já contava com 250 mil alunos matriculados.

A relevância da Escola Bíblica Dominical.

Que importância se dá a EBD dentro da estrutura geral da igreja local? O que ela tem representado no contexto da Educação Cristã? Ela tem ocupado um lugar de destaque como verdadeira instituição de ensino bíblico na igreja local?
Tento em mente tais indagações, queremos destacar que a EBD não é apenas um apêndice, ou órgão secundário na estrutura da igreja local, mais ela se confunde com a própria essência da igreja. Uma vez que a igreja estar intimamente atrelada a Educação Cristã; assim as atividades da EBD como departamento da igreja não é opção, é essencial, à medida que implanta, desenvolve e dinamiza todas as tarefas de Educação Cristã e Evangelismo dos demais setores da igreja. Nas palavras do Pr. Antônio Gilberto: “A Escola Dominical não é parte da igreja; é a própria igreja ministrando ensino bíblico metódico.”.

A EBD é relevante no cumprimento da Grande Comissão. Este cumprimento se desenvolve nas seguintes etapas:

1. Alcançar. A EBD é o instrumento que a igreja local dispõe para alcançar pessoas em todas as faixas etárias, a EBD tem como finalidade alcançar o maior número de pessoas com o ensino metódico de sistemático da Palavra de Deus. Nas salas de aulas da EBD qualquer mensagem por mais complexa que seja pode ser compreendida por todos uma vez que na classe sua explanação levará em consideração a capacidade e assimilação e a experiência cristã de cada aluno.
2. Conquistar. No que se refere ao Reino de Deus não basta só alcançar é necessário conquistar, Muitos são os que entregam a suas vidas a Cristo, mas não permanece uma vez que não foram conquistados e integrados na Igreja local. Na EBD vamos encontrar um ambiente propício à integração e a conquista deste novos crente. A conversão se realiza de forma perene através do ensino. Isto se dá mediante o testemunho e a exposição da Palavra de Deus: “E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu vem a mim.” (Jo 6. 45). A conversão é perene quando acontece em meio ao ensino.
3. Ensinar. Como, e o que estamos ensinando aqueles que temos conquistado? Há no nosso meio, muitos que entendem que o ensino metódico e sistematizado das Escrituras, afasta do crente na espiritualidade, no entender destas pessoas o ensino para os novos crentes deve ser o mais elementar possível desde que seja cheio de “fogo e unção”. Mas como nos ensina mais uma vez o Pr Antônio Gilberto “o ensino das doutrinas e verdades eternas da Bíblia na Escola Dominical, deve ser pedagógico e metódico, sem, contudo deixar de ser profundamente espiritual” Portanto devemos ensinar a Palavra de Deus com seriedade e esmero, nos apropriando dos mais modernos e eficazes recursos que estejam a nossas disposição. (Rm 12. 7)
4. Treinar. São poucas as igrejas locais que dispõe de uma boa escola teológica para treinamento de seus obreiros A EBD vem através dos anos treinando e colocando a disposição da obra de Deus inúmeros obreiros com eficiência. Desde a sua fundação em 1780, obreiros de todas as áreas tem sido treinados e preparado pela EBD e para muitos destes obreiros a EBD representa o único seminário teológico de currículo variado frequentado por eles em toda a sua vida ministerial.

II A EBD é relevante na Comunhão com Deus e os Irmão.
A bíblia nos relata que a igreja primitiva perseverava na doutrinam e instrução dos apóstolos, no primeiro século da igreja não havia templo as reuniões eram realizadas nas casas onde os crentes se reuniam para orar, comungar e estudar a palavra de Deus, os crentes mais experientes ensinavam aos novos conversos, as doutrinas básicas na fé cristã bem como os pontos mais difíceis das Escritura de acordo com a orientação que recebiam diretamente os apóstolos. (At 2. 42-44). Aquela comunidade cristã crescia na graça e no conhecimento fortalecidos pela comunhão entre os irmão em torno do aprendizado da palavra de Deus. A EBD propicia um ambiente favorável ao interacionamento entre os crentes. Ela representa o “lar espiritual”, onde além do conhecimento da Palavra de Deus compartilha-se ideias, princípios, verdades e aspirações.

III A EBD é relevante na Edificação da Igreja.
A EBD cuida da formação espiritual dos crentes, e não só isto mais tem foco na formação integral do cristão envolvendo, bons costumes, cidadania e formação de caráter. A EBD em muitos casos tem si tornado uma complementação e até fator de correção de distorções da educação ministrada nas instituições seculares de ensino.
As famílias hoje não tem regularmente o ensino bíblico nos seus lares, são poucos os lares que ainda realizam o culto doméstico, diante desta realidade entendemos que a tarefa da Educação Bíblica Religiosa das famílias ficou em grande parte sobre a responsabilidade da igreja local. É ai que a EBD vem desempenhado papel relevantes na edificação da igreja e local e formação espiritual dos cristãos na atualidade.

IV A EBD é relevante como Principal Agência de Ensino da Igreja.
A EBD ensina de forma metódica e sistemática a Palavra de Deus, e alcança com sua metodologia todos os seguimentos da igreja local, ela ministra suas aulas de maneira interrupta e em alguns casos com mais de uma aula por semana, por este aspecto ela tem a capacidade de alcançar um número muito maior dos membros de congregados de uma comunidade.
Tendo a Bíblia Sagrada como livro texto e base de todo o seu ensinamento, uma vez que as lições bíblicas são todas baseadas nas Sagradas Escrituras, logo o seu ensino esta centrado na Palavra de Deus como única regra de fé e prática. Como base neste dos pilares, o alcance maior de pessoas e ensino centrado na Bíblia Sagrada afirmamos que a EBD tem si tornado a principal agência de ensino da palavra de Deus na igreja local.

Organização da Escola Bíblica Dominical.

“Organização é ordem. É método no trabalho, no viver, no agir e em tudo mais, a organização permeia toda a criação de Deus, bem como todas as suas cousas.” Pr. Antônio Gilberto.
Sendo assim organização da Escola Dominical, e por em ordem as atividades administrativas, pedagógicas e espirituais para que esta possa funcionar como agência de ensino e crescimento do reino de Deus.
I Organização na Bíblia.
A. Na Igreja. Todos os símbolos bíblicos da Igreja do Senhor falam de organização, ordem, método. A Igreja é comparada a:
1. Um templo (1 Co 3. 16; Ef 2. 21)
2. Um corpo (1Co 12. 27; Cl 1.24)
3. Uma lavoura (1 Co 3. 9).
4. Um edifício (1 Tm 3. 15; Hb 3.6; 1pe 2.5).
5. Um rebanho (Lc 12. 32; 1 PE 5. 2).
6. Um jardim (Ct 4. 16).
7. Uma noiva (2 Co 11. 2; AP 22. 17).
8. Um castiçal ou candeeiro (AP 1.20)
Tanto estes como os demais símbolos usados nas Escrituras para tipificarem a Igreja falam de organização, ordem e método.
B. Em Israel, este povo como vemos na Lei de Moisés, e tipo de organização, mostrado para nós outros que Deus é um Deus organizado que requer dos seus, organização, método e ordem. Vejamos:
1. A perfeita ordem dos acampamentos das tribos de Israel (Nm 2)
2. A demarcação de terras na terra prometida (Js 14-20)
3. O serviço sagrado no templo (1 Cr 15; 16; 23-27).
4. As vestes sacerdotais.
5. O ritual dos sacrifícios.
A ordem não impedia a manifestação da glória de Deus, mas quando esta ordem era quebrada o castigo era sem volta. E até para que Deus respondesse as petições do profeta Elias o primeiro passo foi ele colocar em ordem o altar.
C. No ministério de Jesus: Jesus era organizado em seu ministério, vejamos alguns exemplos:
1. Nas bodas em Caná da Galileia. (Jo 2. 1-12)
2. Na multiplicação dos pães (Mc 6)
3. Na cura do cego de nascença. (Jo 9. 1-7)
4. Preparação para celebração das Ceia
Em muitas de nossas reuniões hoje deixamos de ver a operação miraculosa do Senhor Jesus, devido a nossa irreverência, e confusão que derivam da desorganização na reunião. Não é somente a desorganização material, mas é também a espiritual transformando o culto num “sacrifício de tolo” (Ec 5.1), é de competência dos lideres da igreja cuidar da organização necessária para a realização do culto divino.
II Organização Geral da Escola Bíblica Dominical.
A. A organização pessoal (Material humano).
1. Superintendentes (ou Dirigente) da EBD. É a diretoria da Escola.
2. Secretários da EBD. São os responsáveis diretos pela organização das EBD, cuidando dos apontamentos e anotações pertinentes à escola, confecção e apresentação de relatórios.
3. Professores da EBD. É o corpo docente da Escola, tem como atividade principal o ministrar aulas, tem maior reponsabilidade sobre os ombros, pois lidam diretamente com o aluno e o ensino.
4. Alunos da EBD. É o corpo discente da Escola, É o ente mais importante da Escola, a escola só existe para atender as necessidades do Aluno.
B. A organização material.
1. As instalações físicas. A EBD deve funcionar em instalações adequadas ao ensino e aprendizagem dos alunos, tendo salas de aula independentes bem arejadas e iluminadas para propiciar conforto e motivação para o aprendiz. “A EDB crescerá enquanto houver espaço para as classes.”
2. Mobiliário. Este deve ser apropriado para este fim, comtemplando os aspectos ergométricos, e de conformidade com a faixa etária dos alunos.
3. Material Didático. É a literatura a ser utilizada, A Bíblia é a base deste material, tento as lições bíblicas do aluno e do mestre como livro texto, além de todo material de apoio, obedecendo a um currículo bíblico, e métodos de ensino de acordo com a faixa etária do alunado.
C. A organização Funcional. Trata do funcionamento da EBD visando à consecução de seus objetivos, a grande responsabilidade aqui recai sobre o Pastor da Igreja local e a diretoria da EBD. A organização funcional cuida de:
1. Espiritualidade. A vida espiritual compreende o estado da escola quanto à oração, conduta cristã, santificação bíblica, consagração a Deus e predomínio do Espírito Santo.
2. O ensino da Palavra. Estudo e ensino da Palavra, livre de extremismo, modernismo, fanatismo, falsas doutrinas, etc. Aqui, segundo a promessa divina em Isaias 55. 11, os frutos com toda certeza surgirão.
3. Eficiência. Aqui, a Escola cuida em prover abundante ensino através de professores idôneos, espirituais, treinados, cheios do Espírito Santo e de zelo pela obra de Deus. A eficiência é vista e medida através do crescimento da EBD em todos os sentidos.
4. Planejamento. Prever de modo inteligente e bem calculado as etapas do trabalho da EBD, programar racionalmente as atividade, de modo seguro, econômico e eficiente.
Em nada adianta muita organização, planejamento, preparo, sem a operação do Espírito Santo. Dons naturais, personalidade atraente, eloquência, erudição, boa dicção, etiqueta, e outras boas práticas podem até influenciar por algum tempo. Tais qualidades jamais serão suficientes em si, mas podem ser dinamizadas e vitalizadas pela ação poderosa do Espirito Santo, este tem uma afinidade especial com a mente treinada e santificada.

III A Diretoria da EBD.
Uma escola de grande porte, plenamente desenvolvida deverá apresentar a seguinte composição na sua diretoria:

1. Superintendente (dirigente), e o diretor da EBD, em regra geral este também são responsável pala direção das reuniões da EBD.
2. Vice superintendente (Vice dirigente, Superintendente Adjunto ou Dirigente Adjunto), auxilia o Superintendente em suas atividades e o substitui em caso de ausência.
3. 1º Secretário (Secretário Geral), com a função de cuidar da parte administrativa da EBD, responsável por anotações, apontamento e elaboração e apresentação de relatórios da EBD, e na ausência dos diretores da EBD é o secretario que assume a direção dos trabalhos.
4. 2º Secretário (Secretário Adjunto) auxilia o Secretário geral em suas atividades rotineiras e o substitui em caso de ausência.
5. Tesoureiro e o responsável pela parte financeira da EBD.
6. Porteiros, Introdutores são responsáveis pelo acolhimento de alunos e visitantes nas reuniões da EBD, orientando, conduzindo e recepcionado a todos que chegam a EBD, em si falando nisto é bom ter em mente que o povo entra onde é convidado e fica onde é bem recebido. Todos na EBD precisam pensar nisto.
7. Ministro de Louvou, responsável pela parte musical da EBD, não só do louvor congregacional, mas também dando suporte ao louvor nas classes infantis, assim como em tudo que envolver a musicalidade na EBD.

IV Corpo Docente.
O corpo docente é basicamente formado pelos Professores da EBD, este tem como missão primordial a ministração das aulas na EBD.

A. Requisitos básicos para ingresso no Corpo Docente da EBD.
1. Ser crente salvo.
2. Ser membro da igreja local.
3. Ter bom testemunho dentro e fora da igreja e principalmente de sua casa (At 24.16; 2 Co 8.21; 1 Pe 1. 15).
4. Querer servir a Senhor e os Irmãos.
5. Bom estudante da Bíblia.
6. Ser batizado com o Espírito Santo.
7. Ser aplicado à leitura.
8. Estar sempre disposto a aprender.

V O corpo discente da EBD.

São os alunos da EBD organizados por faixa etária, dentro de suas classes, e departamentos observando-se as possibilidades e situações de cada escola.

A. A importância do aluno. Se não tivermos alunos para que escola dominical, então o aluno é o ente mais importante para a EBD, à escola só existe por causa do aluno, a escola deve-se adaptar ao aluno, e não o aluno a escola como é a praxe. Dentre os alunos, as crianças são o campo mais fértil, mais promissor, portanto de maior responsabilidade. Sem nos descuidarmos dos novos convertidos, pois são crianças espirituais.
B. Classes por faixa etária. A distribuição por faixa etária tem o proposito de eficácia no ensino. Em uma família a alimentação varia de acordo com a idade de seus integrantes, na EBD não pode ser diferente. Vejamos a distribuição proposta dentro do novo currículo estipulado pala CPAD em 2015.

1. Berçário – 0 a 2 anos.
2. Maternal – 3 a 4 anos.
3. Jardim de Infância – 5 a 6 anos.
4. Primários – 6 a 7 anos
5. Juniores – 8 a 10 anos.
6. Pré-adolescentes – 11 a 12 anos.
7. Adolescentes – 13 a 14 anos.
8. Juvenis – 15 a 17 anos.
9. Jovens – 17 as 25 anos.
10. Lições Bíblicas – Adultos.
11. Discipulado – Novos convertidos.
12. O caminho para o céu – Não Crentes.

VI A matrícula na EBD.

A matrícula dos alunos da EBD deve ser feita anualmente, o responsável será o secretario da EBD, será efetuada em formulário próprio (ficha de matrícula ou em casos particulares conforme a orientação da diretoria da EBD no Rol de Classe nas Cadernetas de Chamada da EBD) para todos os alunos, desde os bebes aos anciãos, crentes de descrentes. Obs. Não confundir alunos com visitantes.
Professores, Secretários, Superintendentes, e Coordenadores de Departamentos não serão matriculados nas cadernetas de chamadas, são incluídos nos livros de relatórios semanais, e responderão chamada mediante anotações em tais relatórios.
Transferência de Classe e o processo natural de passagem de um aluno de uma classe para outra, ocorre sempre que um aluno atinge o limite de permanência dentro de sua faixa etária. Após os 25 anos os alunos serão transferido a pedidos dos mesmos, está transferência deve sempre ocorrer no inicio do ano letivo dentro do 1º trimestre. A ficha de matricula deve conter campos para indicar estas transferências mostrando assim a vida educacional de cada aluno na EBD.

VII A Secretária da EBD.

A Secretaria da EBD é responsável por mostrar através de dados o estado da EBD, funciona como um termômetro, mostrando a temperatura do ambiente, indicando o “estado de saúde” do paciente.
Os dados estatísticos e os relatórios desenvolvidos pela secretaria da EBD têm a função de mostrar como funciona a EBD e apontar a direção que ela deve seguir para atingir o alvo traçado pelo planejamento.
A. Vejamos algumas diretrizes tomadas em função dos relatórios:
1. O professor certo na classe certa.
2. A condição atual da Escola.
3. As necessidades e possibilidades futuras.
4. Analise geral do trabalho desenvolvido.
5. Investimentos na formação de professores.
B. A secretaria da EBD é responsável por:
1. Matrículas.
2. Fichários e Arquivos.
3. Relatórios.
4. Pesquisas de qualidade do ensino.
5. Teste, concursos e pesquisa bíblica para alunos.

VIII A biblioteca da EBD.

A EBD deve sempre contar com uma biblioteca com um bom acervo de livros, revistas, folhetos, periódicos, artigos, gravuras, vídeos, filmes e documentários, com o objetivo de formação, informação e ampliação do universo cultural de seu corpo docente e discente.
IX Reunião Semanal para Professores da EBD (Estudo de Professores)
É uma reunião semanal envolvendo todos os professores e dirigentes da EBD para estudo em conjunto da lição e coordenação administrativa da EBD em geral, esta reunião é de suma importância para a uniformidade doutrinaria na igreja local, e serve como meio para estreitar os laços de fraternidade entre os integrantes da EBD.
Os dias mais propícios para este encontro são os sábados à tarde ou a noite de acordo com as disponibilidades de cada professor e ou membro da diretoria da EBD, e pode ser até aos domingos antes da reunião da EBD, desde que o estudo de professores comece com tempo suficiente para desenvolvimento de suas pautas sem prejuízo para o encontro regular da EBD.
Os professores dos Departamentos Infantis, Adolescentes e Jovens devem ter uma reunião à parte, uma vez que os métodos de ensino e condução das aulas são diferentes. Os professores de crianças têm maior responsabilidade, portanto necessitam de um melhor preparo.

Conclusão
A EDB ainda é uma instituição relevante e dinâmica nos dias atuais, bastando para tanto o compromisso e o envolvimento de todos para buscar em Deus, e em métodos de ensino e aprendizagem cada vez mais eficiente para consolidar e desenvolver a cada dia esta que a principal agência de ensino da Palavra de Deus dentro da igreja local.

Bibliografia:

ANDRADE, Claudionor de. Teologia da Educação Cristã, Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
CARVALHO, C. Moisés. Marketing para a Escola Dominical, Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
GILBERTO, Antônio. Manual da Escola Dominical, Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
TULER, Marcos. Manual do Professor da Escola Dominical, Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

http://adaliahelena.blogspot.com.br/2016/05/ebd-sua-relevancia-e-organizacao.html

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

45-De professor para professor – reflexões e sugestões para EBD


De professor para professor – reflexões e sugestões para EBD

ebd-logo
Vivemos em dias maus, conforme profetizou o apóstolo Paulo, e uma das características destes dias é o afastamento do povo de Deus da Palavra de Deus.
Há cinco anos tive a oportunidade de ouvir pela primeira vez o pastor Ziel Machado[1] e nunca esqueci sua mensagem, a qual trago sempre comigo e uma de suas falas foi:
Nenhuma geração teve tanto acesso a Palavra de Deus do que a nossa geração. Hoje temos todo tipo de bíblia; bíblia rosa, jeans, camuflada, da letra gigante, da letra pequena com lupa; bíblia no celular, em áudio, na internet; bíblias de estudo das mais diversas: Thompson, Shedd, Pentecostal, Plenitude, Genebra etc. Porém nunca houve uma geração tão leiga das Escrituras quanto a nossa geração.
Essa triste realidade piora ao observarmos que a crença ou teologia de muitos cristãos e igrejas é fruto da música gospel e não do estudo reflexivo do texto bíblico, ignorando a história e a tradição da igreja.
É o caso da música ‘Restitui’[2], a quem atribuo o papel de despertar o discurso por restituição nas campanhas, cultos, orações, pregações, profecias etc. Em que parte do Antigo Testamento, encontramos a promessa de restituição a qual o Cristo concederia a seu povo? Ou onde no Novo Testamento é pregado, prometido, ensinado ou orado que Deus em Cristo restituiria algo ou alguém aos seus discípulos?  O que acontece aqui é mais bem explicado nas palavras do Pe. Antonio Vieira (por favor, não ignorem as palavras de um padre ou qualquer um que fale conforme a Palavra de Deus) que disse “as palavras de Deus separadas da Palavra de Deus tornam-se palavras do diabo” [3].
Muito do que se tem pregado, cantado, ensinado e profetizado nas igrejas e ao povo de Deus são palavras do diabo, apesar de serem pronunciadas como palavras de Deus!
Como saber se as palavras de Deus que ouvimos são palavras do diabo ou não? De acordo com o capítulo quatro do evangelho de Mateus, a única maneira é conhecendo a Palavra de Deus. Talvez por isso Jesus nos alertou: “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus”[4]
A EBD E A EDUCAÇÃO CRISTÃ
A Escola Bíblica Dominical é o espaço que nós, nossos filhos, nossos conjugues, amigos, familiares, pobres ricos, homens, mulheres, idosos, adolescentes, jovens, crianças, surdos, mudos, cegos, paraplégicos e outros têm de aprenderem a Palavra de Deus e assim desenvolverem uma fé solida, fruto da reflexão bíblica.
Quando falamos em Escola Bíblica Dominical, estamos falando em educação cristã, a qual se fundamenta nas Escrituras Sagradas, logo o conhecimento bíblico é indispensável para o exercício deste ministério.
Seus principais agentes são os pais, os pastores, professores bíblicos e todo aquele que faz uso da bíblia para ensinar “todo conselho de Deus”. Todavia cabe ao educador cristão, ou seja, a todo discípulo de Jesus, aplicar em sua vida o trinômio de Esdras:
 Esdras havia dedicado a sua vida a estudar, e a praticar a Lei do Senhor, e a ensinar todos os seus mandamentos ao povo de Israel.[5]
O PROFESSOR DA EBD
O termo professor vem do latim professor, que é ‘o que se dedica a’. Parece que o surgimento desta palavra faz parte do contexto religioso do século XV, fazendo referencia àquele que professa uma crença ou uma religião.
Quando falamos em professor da EBD estamos falando em pessoas que na sua maioria não tiveram nenhuma formação acadêmica ou pedagógica, não obstante não deixam de ensinar as verdades eternas.
A estes catecúmenos o apóstolo Paulo diz “se é ensinar que haja dedicação”. Assim, podemos concluir que ensinar é um dom da graça de Deus, todavia exige-se do agraciado o esforço para aprofundar seu conhecimento e melhorar sua atuação.
O Reverendo John Stott nos agracia com o seguinte comentário sobre versículo acima:
Assim, qualquer que seja o dom-ministério que as pessoas receberam, elas devem aplicá-lo com afinco. De semelhante modo, quem tem o dom de mestre deve cultivar o seu dom de ensino e desenvolver o seu ministério como tal. Não se discute que este seja, dentre todos os dons, o mais necessário e o mais urgente na igreja de hoje no mundo inteiro, em que centenas de milhares de convertidos são empurrados para dentro das igrejas, mas há pouquíssimos mestres para nutri-los na fé.[6]
Ser professor da EBD deve ser compreendido como uma vocação ao ensino bíblico, assim cabe a este servo do Senhor, buscar se aprofundar mais e mais no livro sagrado.
O docente da EBD assim como qualquer outro professor não é obrigado a saber todas as respostas; é até honroso e atrativo ao professor que usa de honestidade e diz “não sei” ou “não tenho certeza”.
Cabe a este educador desenvolver o hábito da leitura tanto de livros relacionados aos temas das aulas como de temas diversos, religiosos ou não. Neste momento vale lembrar a celebre frase do teólogo Karl Barth: “O cristão deve andar com a bíblia na mão direita e o jornal na mão esquerda”. Barth não estava igualando o jornal com a bíblia ou vice-versa, mas falando para os cristãos que não podemos viver alheios aos acontecimentos da nossa realidade, que precisamos tanto do conhecimento bíblico quanto do conhecimento dos fatos do cotidiano.
Uma das criticas mais recorrentes entre alunos desestimulados e que desistiram da EBD é a do professor despreparado, o qual não se aprofundou no tema da aula, é contador de histórias e suas aulas são baseadas em três pontos: lê a lição, sai da lição e nunca mais volta pra lição!
O pastor Esdras Bentho[7] em seu artigo “Novos Professores para uma Nova Igreja[8]” afirmou que alguns docentes já deveriam ter pendurado a batuta: “Ainda continuam lendo integralmente a revista da Escola Dominical; não usam qualquer tipo de método; são incapazes de comentar com profundidade teológica o tema da lição; reclamam que o assunto é repetido e além de se colocarem nos holofotes de seus cargos eclesiásticos” e conclui dizendo que “sim, esse é o perfil do professor desnecessário, substituível, que não quero para a igreja deste novo milênio. Tal ensinante é inútil à renovação da igreja”.
A AULA DA  EBD
Por estarmos falando de professores de jovens e adultos precisamos entender que nossas aulas devem ser um espaço descontraído, em que nossos alunos possam se sentir a vontade para expressarem suas dúvidas, opiniões e experiências.
Um professor, cuja vida é marcada por uma dosagem exagerada dos usos e costumes, terá um perfil legalista e uma atitude julgadora, não proporcionando aos alunos o espaço adequado para suas contribuições.
Segundo Lucas 14.28-30 toda construção deve ser precedida de um planejamento. Sem o estabelecimento de um plano estratégico, não se conclui satisfatoriamente uma obra, podendo o construtor ser vítima de escárnio ou motejo[9]. Sendo assim o professor não deve encarar sua classe de qualquer maneira, sem preparação alguma. Devemos lembrar que o pescador prudente antes de jogar as redes ao mar, verifica as condições da mesma (Mc 1.19), a fim de que os peixes não escapem ou a rede não se rompa devido a grande quantidade de animais marinhos (Jo 21.11).
O professor deve evitar dar uma aula lendo todo o conteúdo da lição, pois os alunos têm suas lições e teoricamente já as leram em suas casas. O professor precisa entender que a lição existe como roteiro, guia para preparação das aulas, que conforme o nível de seus alunos poderá aprofundar o assunto sem sair do tema.
Outro tipo de aula que se deve evitar é a estilo pregação, aquela aula em que só o professor fala e não há participação nenhuma da classe. Mesmo que haja dificuldade de participação dos alunos, cabe ao ensinador criar uma cultura de participação, bem como métodos para controlar a participação excessiva dos alunos para não perder o controle da aula e não concluir a lição.
Acredito que a grande preocupação do professor de EBD não deve ser se ele conseguiu dá a aula perfeita ou como ele imaginou que deveria ser. Mas se o que ele ensinou mudará a vida de seus alunos e/ou os despertará a buscarem a Deus em sua Palavra e na oração.
O CONHECIMENTO DO PROFESSOR
Não é essencial que o professor de EBD seja formado em teologia, mas que tenha prazer em estudar a Bíblia e isso através de bons livros, comentários bíblicos, Teologias Sistemáticas e oração.
Cabe ao ensinador cristão conhecer bem o livro que está estudando e que irá ensinar, logo para isso faz-se necessário saber o que é hermenêutica e seus princípios para poder interpretar um texto bíblico.
A melhor forma de adquirir conhecimento é lendo, por isso deve o professor ou qualquer pessoa que queira ensinar a Bíblia ter uma biblioteca. Assim como separamos parte do nosso dinheiro para comprar roupas, alimentos, diversão etc, convém fazermos o mesmo para aquisição de livros, no mínimo um por mês.
Porém deve-se tomar cuidado, pois há perspectivas diversas sobre temas que estudaremos, por isso precisamos conhecer nossa tradição e denominação para não ensinar algo contrario a elas. E tal conhecimento vem pelo estudo da história do pentecostalismo e da Assembleia de Deus, bem como da Igreja em geral.
É necessário conhecermos os principais expoentes e autores da CPAD, visto que ela é o órgão oficial da nossa denominação e toda conteúdo por ela vendido corresponde a crença assembleiana.
Isso não significa que o professor não pode ter uma opinião diferente sobre determinado assunto, mas que ao querer expor e fundamentar sua opinião deve só fazê-lo antes ou após apresentar o que nossa denominação defende.
RECURSOS PARA AS AULAS
É difícil falar de recursos, uma vez que não conheço a realidade dos participantes deste CAPEB, por isso vou apresentar minha experiência de como o uso de tecnologias e internet me auxiliam tanto na preparação das aulas quanto na exposição delas.
Já dizia o antigo provérbio chinês “uma imagem vale mais que mil palavras” e seguindo o comentário paulino é melhor falar cinco palavras que os outros entendam do que dez mil que não se aproveite nada. Por isso para maximizar a exposição bíblica faço uso constante do data-show, que me permite mostrar texto, imagem e vídeo.
Para preparar minhas apresentações busco sempre imagens relacionadas ao tema em questão, para evitar ou mostrar o que as palavras descrevem e para isso a internet tem sido de grande ajuda, além de proporcionar diversos comentários das lições.
O Facebook tem sido muito útil tanto para enviar convites das aulas como para oferecer um espaço para que os alunos possam baixar as apresentações das aulas dadas e compartilharem suas opiniões, informações, dúvidas e reclamações.
Não apenas o professor deve desenvolver o hábito  de leitura, mas seus alunos também, por isso é interessante a doação de livros relacionados aos temas estudados. Como estudamos um tema a cada trimestre acredito que dê para os professores reservarem algum dinheiro ou conseguirem um patrocínio para comprarem alguns livros que serão uteis no estudo do trimestre que se inicia!
Dependendo do tema a ser estudado é interessante levar um convidado que conheça bem aquele tema em questão para que participe da aula e tenha um espaço para contar sua experiência e responder algumas perguntas,
Descrição: https://zebruno.files.wordpress.com/2012/10/audiovisual-ensinocriativo1.png?w=700&h=900
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A proposta desta palestra é ajudar aos professores de EBD a melhorarem suas aulas, mas como não sou formado em pedagogia, propus compartilhar minhas experiências de professor de EBD desde o começo até hoje.
Posso ter esquecido algum tópico, que poderei abordar durante a apresentação, entretanto tenho sido convencido que o segredo de uma EBD bem-sucedida é a qualidade de seus professores.
Ao falar em qualidade refiro-me ao caráter, ao hábito de leitura e a vocação de ensinar ou como antes disse o trinômio de Esdras: Esdras lia, vivia e ensinava a Lei do Senhor, que cada professor deve ter.
O professor da EBD deve entender que ensinar a palavra de Deus tanto é um dom como uma vocação, um chamado divino, ao ponto daqueles que desejam serem pastores ou mesmo diáconos só poderão sê-lo se forem aptos ao ensino!
O professor ao reconhecer sua vocação deve entender que seu papel na igreja local é de suma importância, por isso seu comprometimento deve ser com Jesus Cristo e a Palavra de Deus, logo não deve abrir mão da verdade do evangelho.
A menos que vocês provem para mim pela Escritura e pela razão que eu estou enganado, eu não posso e não me retratarei. Minha consciência é cativa à Palavra de Deus. Ir contra a minha consciência não é nem correto nem seguro. Aqui permaneço eu. Não há nada mais que eu possa fazer. Que Deus me ajude. Amém. Martinho Lutero.

Notas
[1] Pastor Metodista Nissei em São Paulo e Coordenador Latino-Americano da ABU*
[2] Tema do CD do ministério Toque no Altar, atual Trazendo a Arca.
[3] Sermão da Sexagésima
[4] Mateus 22.29 ARA
[5] Esdras 7.10 [NTLH]
[6] STOTT, John. A Bíblia Fala Hoje – A Mensagem de Romanos. 1ªed. Editora ABU, 2007, p.396
[7] Pastor Esdras Bentho é articulista do site CPAD News e autor de diversos livros.

https://zebruno.wordpress.com/2012/10/15/de-professor-para-professor-reflexoes-sugestoes-ebd/

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

44-Como preparar uma Escola Bíblica de Férias?





Dicas para E.B.F 


Escola Bíblica de Férias



Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGCvU_-3rjBXq4KvWs2l_cRlD_jQoXT0O7HucM4BGI7t2geeykXC-F3mBigPQoeAuf-cPvCSZFtryv4XNyrdB6Q0kdpyJ_L_dYgAhRm1MpJdLSgg9dvh7tXUg8VGiWzOFbRWKTUlTw-rZc/s400/EBF.jpg





ESCOLA BIBLICA DE FÉRIAS

Lucas 18:16 “Deixai vir a mim os pequeninos...”Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDUw2CSZKoEmurq8qJ0TCQGObW84HWfm9oyt7Bs-VzleQb5eySrJ_oqMRbMibc5Gzobhj7XuCF6FA97S04b1xHcmgspI-4j4ZH-3w53Yxa-u2-ENpqZcxKPHUMePiIeXUyAvDmrvn2lLc/s320/1.jpg

1. OBJETIVOS:

Para obtermos bons resultados em todo e qualquer trabalho é necessário termos objetivos bem definidos. Objetivo é o mesmo que alvo, meta; é estipular a linha de chegada, é definir o que se quer alcançar. Os objetivos são importantes para informar claramente a intenção do trabalho. Portanto, apresento três objetivos que este programa pretende alcançar: 1. Primordial á a Evangelização e o Crescimento espiritual de nossas crianças; 2. Informar que com Jesus estamos seguros e livres do pecado, que é como uma tempestade na vida de cada um de nós. 3. Convidar as crianças a tomarem a decisão de se tornarem amigos do Senhor Jesus.

2. VANTAGENS DA EBF

☺ É ensino intensificado
☺ São novos alunos para a Escola Dominical
☺ É crescimento espiritual para os alunos da Escola Dominical
☺ É oportunidade de serviço para os membros da Igreja

3. DURAÇÃODescrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNih872jlK0zvGeiAzXH9TTMadSjYJQqahCrHoq6Yyd72x77w5B1gsXpCRGuIZPi3m46LP5eo_AFJXKFulswLqdzU-CxdEVmMBwb7I9o8iRr-Ur6rK5mdQnjBd3_5-Xg_tRyoZcAGIEvo/s320/2.jpg

☺ Três dias no máximo


4. LOCAL Na Igreja

☺ A Igreja ajuda financeiramente
☺ A Igreja ajuda com o pessoal
☺ A Igreja ajuda com a divulgação
☺ É um meio de ligar a criança à Igreja

5. DIVULGAÇÃO Despertando o interesse de toda a Igreja

☺ Reuniões de oração
☺ Anúncios nos boletins
☺ CartazesDescrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdaOzk23JKWadhIWGnhV0nDRCT-gYnJ-7th_cw_tkIFumocm2pZP_BkPi-Dm__r0O5PLSTInKpfO2Rmk2QwOZrVDveFPWivip8b1ffR3_vwXpl7a_qg81ytOGD3iiJ-HcBYxD4a1ACOTk/s320/3.jpg

6. CONVITES

☺ Convidar de casa em casa
☺ Convidar nas escolas públicas
☺ Convites para as crianças
☺ Convites para os pais participarem da programação de abertura e de encerramento




7.EQUIPES

☺ Professores de crianças, adolescentes e adultos da EBD
☺ Missionários locais
☺ Estudantes
☺ Irmãs do circulo de oração

8. PROGRAMA DIÁRIODescrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGOIEof58y6Me2Mh9K5_6lACylKJMBnPRyRk7tb-q5lyJmsuIOYYwRar5Va9cf_zpgKmf4oks6xBky11fPkMWqqX-LFoNyEoF3nZyh6e2kZI5mTE2RHnmQCLi9GlRA11oUhqjUuenm-cY/s320/4.jpg

☺ Entrada das crianças
☺ Hino Oficial
☺ Tema
☺ Leitura da Bíblia
☺ Oração
☺ Cânticos com gestos (visualizados, novos)
☺ Período missionário
☺ História Missionária (em capítulos)
☺ Oração por missionários
☺ Oferta missionária
☺ Visão missionária
☺ Avisos
• • • • Avisos e convite para o dia seguinte. Apresentações especiais – peças(dramatizações) ou com fantoches.



9. PROGRAMA DO DIA DO ENCERRAMENTO

☺Cânticos
☺ Palavra dos Coordenadores
☺ Cânticos
☺ História bíblica com aplicação (teatral)
☺ Entrega dos prêmios


Retirado do blog da Tia Rosilene 
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Tema: Das Crianças é o Reino de Deus
1º dia: Davi
2º dia: Samuel
3º dia: Timóteo (ou Moisés)






Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh972mgJoDZgpgDOg5-Kg-sakfqQXwFhEh-5vZRau1bj08G2Wqf1exiVuzROdxYD-Bn_lJol4vx032C7WpQ1qYbGlFDWzvuvPnncEaFm4c8pjlwDoGGaMV-cQ0X-fCaeL0-lhiHV6GVFIP1/s200/timbre-jesus-e-as-criancas.jpg







Tema: Samuel, o menino que ouvia Deus
1º dia: A oração de Ana
2º dia: O chamado de Samuel
3º dia: O ministério de Samuel

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Tema: Família: presente de Deus
1º dia: Deus fez a família
2º dia: A família deve ser unida (Noé - construção da arca)
3º dia: A família de Timóteo
Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivcEYLNJOUAwBgviG1buVrLQND42qar1IQPRIA1-Qy4lVYOeFiKxmSC9NgWhcEtNDrtuhpBQKYvia_RiHiokrTHxeiCuRhv5vqWotZmaRtOeRVC6KcLlFkxQlU8YzPRCwRxplAl2NMLObB/s200/logo+simeia.jpg



















Tema: O verdadeiro herói
1º dia:Transformando água em vinho
2º dia: Andando por cima do mar
3º dia: A ressurreição
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Tema: É muito bom louvar á Deus!
1º dia: Os muros de Jericó caem ao chão
2º dia: Paulo e Silas na prisão
3º dia:Davi 






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Tema: Alguém se importa com você!
1º dia: Jesus abençoa as crianças
2º dia: O menino que repartiu o lanche(ou Moisés)
3º dia: O pequeno Samuel (ou a filha de Jairo)
Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiXBvp_F4Xs0WBLUToufUY-Hu9IAyXjPjvfOLIR2d8m5rjS6E28rdNqXOPqOuniiZdaa2Q47z205S7kH0do7x846YcWp-fHPni8TgxI4Nrp8cU-8NdAvAuzfc-4UlpE8OD09yFxU1f8u5-/s200/jesus_na_familia.jpg







Tema: Um plano especial
1º dia:Como é o céu? Quem pode entrar no céu?
2º dia: Quem é Jesus?
3º dia: Como chegar até Jesus?
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Tema: Um plano especial
1º dia:A criação do mundo
2º dia: O pecado entra no mundo
3º dia: alguém nos salva do pecado


Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKr1kqQAz_mqmUFW4J-dju3BKt9WPDSD_NJRj04mjjs1Mm4ENH7aYLUEDybMvxxNuAIYSIz7l53lwuQhiFZ1uOnURlZLgRTmUr_Oob-FEC31URJ92OOQXndTK8ZrtFXCrHMsnMBTQU-JOJ/s200/amordedeus1%255B1%255D.jpg






Tema: É bom ser Criança
1º dia: O menino que dividiu o lanche
2º dia: O menino que ouviu a Deus
3º dia: Jesus chama as Crianças
Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDGS3QRMsRsMilwj-9q_hYArMvT5YyjwpraOhCM-Y9aXqIdBKCnJPJskHzrkDsQZkBrfdkRF1EGH4MkOCgzggR0gAZKWjl1ta4X6i2PtGAuSu0_iMQyXtoLK3-zdZXfdc_Nz5_fXtd0noV/s200/NOID-S~1.JPG
Tema: É bom ter amigos ou Amigos para Sempre
1º dia: Davi e Jonatas
2º dia: O parlitico de Cafarnaum
3º dia: Jesus quer ser seu amigo



As férias escolares estão chegando e as igrejas têm pela frente a oportunidade de promover uma programação especial para este período, oferecendo ensino bíblico e brincadeiras educativas para a criançada. Neste post vamos sugerir um manual de como preparar uma EBF (Escola Bíblica de Férias). 
Vamos lá. A melhor maneira é começar o preparo com antecedência, fazendo toda a parte material e manual com calma, sobrando tempo para o preparo espiritual, sem agitação e preocupação.
Algumas dicas de como fazer:
1 – Determine a data;
2 – Reúna uma equipe disponível para o evento;
3 – Pense no número de crianças que quer alcançar- da igreja, da comunidade, visitantes. Calcule o número de crianças e dobre o resultado para a preparação de todos os insumos necessários para o primeiro dia (lanche, trabalhos manuais). Depois você vai se reestruturando com base no dia anterior, sempre calculando um acréscimo para não faltar nada. Se você já fez o evento, então calcule pelo evento anterior com pequeno acréscimo.
4 – Leve para a reunião de equipe a lista do material necessário para a distribuição de responsabilidades. Marque uma data para cobrar o retorno das atividades.
5 – Material Necessário: dependendo do número de dias da EBF, você escolhe os itens que quer abranger da lista abaixo:
·         CRACHÁ – nome do professor ou ajudante. Assim a criança poderá identificar melhor a liderança.
·         COLETES PARA EQUIPE – ou combinar cor de roupa, também para identificação dos líderes.
·         FOLHAS DE INSCRIÇÃO – providencie uma mesa na entrada com várias cópias de inscrição e uma equipe para anotar: nome da criança, idade e endereço, se é visitante ou não, para mandar convites de outras programações.
·         CONVITES – para distribuição e divulgação na vizinhança.
·         OFICINAS DE TRABALHOS MANUAIS – de acordo com o tema e lição apresentada, escolha antes as oficinas que preferir e a equipe. Providencie os trabalhos por idade.
·         HISTÓRIA, TEMA, VERSÍCULO – escolha uma história bíblica, um versículo referente e o ensino ou ensinos que deverá apresentar e trabalhar durante o evento.
·         LOUVOR – convide uma pessoa capacitada, animada e que escolha cânticos referentes à lição bíblica, aos ensinos apresentados e também cânticos movimentados. O líder do louvor pode ensaiar antes um grupo de juniores que já estará participando do evento para dar ênfase aos cânticos com gestos e alegria, iniciando todos os dias com louvor.
·         TEATRO, CENÁRIO – Encenar uma peça teatral é uma excelente atração para ensinar os princípios bíblicos durante a EBF. Escolha uma equipe para fazer o cenário da história bíblica e outra para atuar na peça de teatro. Geralmente jovens e adolescentes gostam de participar. Ensaie a peça antes para que saia melhor e dê mais resultados. Após a apresentação, destaque sempre o ensino para que fique claro e faça um apelo apresentando o plano da salvação de forma clara, prática e rápida. Leve as crianças que se decidiram por Jesus, pra uma sala a fim de conversar com as pessoas do aconselhamento e para receber “o livro sem palavras”. (que você deverá ter providenciado).
Descrição: Cenário
·         MISSÕES – tenha uma equipe para a sala de missões, com pessoas preparadas e que amem falar de Jesus. Escolha um tema para a sala de atividade e faça a decoração do ambiente de acordo com esse tema. Exemplo: Índios. Além da decoração, faça trabalhos manuais referentes ao tema para incentivar nas crianças a necessidade de missões e apresente o caminho da salvação para as crianças que não têm Jesus como Salvador, fazendo apelo e orando junto com ela.
Descrição: Índio
·         FANTOCHE – treine uma equipe que goste e que saiba mexer com fantoche. Este recurso é importante, mas precisa ser bem orientado para uma conversa direta, sem rodeio. Pode ser útil na abertura, nos concursos (se fizer), para atrair a atenção da criança e também pode ser usado para conversar com o narrador da história.

·         SÁBADO DIFERENTE – você escolhe com antecedência entre: apresentação da última parte da história, uma história diferente, uma apresentação com fantoche, brincadeiras dirigidas na quadra, músicas especiais, fantoche humano e outras ideias que tiver. Sempre com lanche no final.
·         LEMBRANCINHAS PARA SORTEIO – horário, frequência. Na abertura, antes da divisão para as oficinas, faça um sorteio com pequenas lembranças referentes a missões ou à história bíblica ou brinquedos, para as crianças que chegaram no horário certo, para aquelas que não faltaram nas aulas, para aquelas que decoraram os versículos, e para as que souberem responder as perguntas sobre a lição bíblica.
·         JORNAL – entregue no último dia, com convite para um culto. Pode ser feito por uma pessoa capaz na área de comunicação ou por uma equipe que goste de jornalismo e que esteja presente destacando algumas atividades durante a EBF, com fotos e comentários.
·         SOM – a equipe de som é muito importante, porque o que você vai comunicar neste evento é de suma importância – a Palavra de Deus – ela precisa ser ouvida e entendida.
·         DECORAÇÃO DO SALÃO – faça o cenário referente à história bíblica, mas enfeite também com bolas coloridas para alegrar o ambiente ou outro enfeite criativo para o mesmo fim.
·         FORMULAR HORÁRIO PARA OFICINAS – Se você fizer algumas oficinas (artes, musicalização infantil, missões, recreação, etc), precisa organizar os horários. Monte uma programação:
– Faça uma abertura dando boas vindas aos visitantes e a todos os presentes, apresentando o tema, ensinando o versículo, fazendo o louvor.
– Em seguida, conte a história bíblica ou apresente a peça bíblica para todos.
– Depois, faça o concurso ou sorteio das lembrancinhas do dia e divida as crianças por grupos, conforme a idade, em salas de aula para as oficinas, fazendo rodízio nas atividades.
– Peça para cada professor levar o seu grupo para a sala conforme você chama, o que precisa ser bem combinado com os professores para que respeitem o horário dado, programando atividades que possam ser terminadas com sossego. Combine também a hora de soltar os alunos no final para o lanche, enquanto esperam os pais.
·         PRELETORA PARA SENHORAS – se as mães ficarem na programação, providencie uma pessoa para trazer assuntos próprios, incluindo algum trabalho manual para ser ensinado. Se for esse o caso, você precisa programar essa atividade. Garanto que valerá o esforço para a eternidade e trará frutos para a igreja.
·         JUNIORES – os juniores podem ajudar no louvor e também na peça bíblica. Mas na hora de divisão de atividades, é necessário que se faça uma classe para trabalhos manuais com juniores. A idade exige trabalhos mais rebuscados, próprios para a idade, mas de acordo com o tema, ou incluindo o versículo no trabalho feito.
·         GASTOS – os gastos devem ser programados de acordo com a verba que a igreja liberar. No entanto, leve para a reunião com os líderes, a programação com os gastos aproximados e calculados, conforme idealizado para a EBF. Assim, na reunião, você poderá defender suas ideias, na medida do possível, de acordo com as posses da igreja, mas sempre ampliando a visão de missões.
Os gastos serão de acordo com o que programar. Darei uma visão geral para o cálculo.
– LANCHES: você precisa ter uma equipe para providenciar e distribuir o lanche, que deve ser o mais simples possível, mas é necessário que tenha. Pode ser pipoca, suco, gelatina, bolo doado pelas senhoras, pão com salsicha ou carne desfiada ou frango desfiado, bolacha, refrigerante, e outros que desejar. Você deve calcular o lanche para as crianças, mães e equipe. O lanche será distribuído sempre no final. Para crianças de 1 e 2 anos, o lanche deve ser distribuído na sala de aula para evitar confusão com os pequenos na saída.
Total:
– Material de Artes e Papelaria / Oficinas e Cenário. Calcule o quanto vai precisar de papel, cola, e outros materiais de papelaria para o evento. Terá que fazer: Tema, Versículos, História Missionária, Cânticos, Convites, História Bíblica ou Peça de Teatro, cópias para papel de inscrição, bolas coloridas para enfeitar o salão, lembrancinhas, trabalhos manuais para as oficinas, jornal (se fizer).
Total:
IDEIAS PARA A PROGRAMAÇÃO
1.  INÍCIO
2.  BOA TARDE – MOTIVO DA EBF
3.  APRESENTAÇÃO DOS VISITANTES
4.  LOUVOR – PREPARAÇÃO PARA A PEÇA
5.  COMENTÁRIO SOBRE A PEÇA – contar uma ou duas histórias (conforme os dias de EBF, explicar se for dividir em capítulo)
6.  TEMA, VERSÍCULO, CÂNTICO, ORAÇÃO
7.  TEATRO – Davi e/ou Jonas
8.  ENSINO -COMENTÁRIO SOBRE A PEÇA
9.  SORTEIO – PRESENÇA E PONTUALIDADE
10.    DIVISÃO POR IDADE – OFICINAS
11.    LANCHE
Escolha uma das duas lições bíblicas que vou sugerir para a programação ou faça as duas, conforme o número de dias escolhidos para a EBF. Você pode também dividir uma história bíblica em capítulos.
·         Fixar Data.
·         Temas: O menino que confiou em Deus e/ou Obedecer a Palavra de Deus é sempre melhor.
·         Versículos: “Em Deus eu confio, e não temerei”, Salmo 56:11 e/ou “Como são felizes os que obedecem”, Salmo 119:2.
·         Histórias Bíblicas: Davi e Golias e/ou Jonas e o Grande Peixe
·         Teatro: Você pode fazer somente a peça sobre Davi, somente sobre Jonas ou as duas (uma por dia).
·         Jornal: escreva o que aconteceu durante a EBF. Faça um resumo da história bíblica com fotos, comente quais foram as oficinas e fotografe, fale sobre o louvor, missões, visitantes e entregue no último dia com convite para o culto.
·         Bonecos humanos: para receber as crianças com alegria, dar avisos, concurso, encaminhar para as oficinas.
·         Fantoches: abertura, participação na história narrada, animar o concurso.
·         Relatório: número de crianças não crentes, crianças crentes, número de pessoas da equipe e total por dia. O relatório serve para calcular o lanche, os trabalhos manuais e o número de crianças alcançadas pelo evento.
– Total de crianças por dia:
– Total de crianças no evento:
– Número de pessoas – equipe:
– Total de crianças não crentes:
– Número de pais ou responsáveis que participaram:
·         Sábado Diferente – alugue brinquedos infláveis, escorregador, pula-pula, etc.
– brinquedos artesanais com caixas e outros materiais;
– fantoche:
– Apresentação especial de Música infantil;
– Lanche.
·         Folhas de Inscrição – mesa na entrada, com canetas, lápis e folha de inscrição.
·         Convites – para distribuição antes da programação.
·         Louvor – escolha de músicas referentes ao ensino dado e outras de movimentação.
·         Lembrancinhas para Sorteio – Sugestões: Bíblia mirim, chaveiros, réguas, lápis, canetas, borrachas, livro sem palavras, história bíblica para colorir e outros.
·         Som – equipamento regulado, microfone.
·         Decoração do Salão e do Teatro.
·         Faixa para divulgação da EBF.
·         Data show – para letras de música, versículo, tema.
·         Recepção – equipe para cuidar da inscrição e relatórios.
·         Equipe para aconselhamento e conservação de frutos. Essa equipe conversa com as crianças que aceitaram Jesus para esclarecer dúvidas e reforçar o plano de Salvação com o livro “Sem palavras”. Depois da EBF, com os endereços da inscrição, a equipe manda cartas, estudos bíblicos e convites para outras programações.
·         Equipe para intercessão – orar antes, durante e depois da programação pelas crianças.
·         Equipe para enfermagem – uma profissional responsável por dia de EBF.
·         Equipe para segurança – uma pessoa por dia de EBF.
IDEIAS PARA OFICINAS
·         Trabalhos Manuais:
1 e 2 anos – peixes de tecido ou feltro e figura de Davi e Golias.
3 e 4 anos – colagem: peixe grande e figura de Davi e Golias.
5 e 6 anos – peixe grande de caixa de papelão e espada de papelão, funda.
7 e 8 anos – QUADRINHO DE FOTOS, com enfeites de peixes em EVA E FOTO DA CLASSE REVELADA e funda com pedrinhas de jornal.
9 a 12 anos – trabalhos com jornal ou com durepox (ímã de geladeira – modelo de peixe grande ou funda).
Mães – trabalhos com jornal: cestas, descanso de panela, de copo, porta retrato.
·         Missões:
Lembrancinha: CENTOPÉIA (COR DO LIVRO SEM PALAVRAS)
História- Explicação do Plano da Salvação através do livro “Sem Palavras”
Decoração da sala- figuras de crianças de várias nações, globo terrestre.
Descrição: Livro sem palavras
·         Musicalização infantil:
Providenciar instrumentos musicais: coco, chocalho, tambor, guizos, sinos, triângulo, pandeiro e outros.
Decorar a sala com figuras de instrumentos musicais, notas musicais, crianças tocando.
·         Recreação Infantil:
Brincadeiras dirigidas na quadra, fixando o ensino bíblico dado.
·         No próximo post, vamos publicar os Roteiros das Peças Teatrais de Davi e Jonas, para você ensaiar com a equipe.
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·         Compartilhe e ajude a espalhar a mensagem. Até a próxima.


Fonte:

http://wwwmarcelacris.blogspot.com.br/2013/10/dicas-e-temas-para-ebf.html

http://ensinoinfantilnumclique.com.br/como-preparar-uma-escola-biblica-de-ferias/